tag:blogger.com,1999:blog-57542973823910735842024-02-20T15:26:52.158-03:00Celeiro do SamSamuel Diashttp://www.blogger.com/profile/09565385863694310353noreply@blogger.comBlogger146125tag:blogger.com,1999:blog-5754297382391073584.post-37791731285618260372021-08-15T09:34:00.011-03:002022-03-29T13:25:01.840-03:0012 deslizes de roteiro de Smallville<p style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="text-align: left;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjunclk-jJJkCPNzKFSYobHUxLYBEZgalWmNe3UgQyeZtl6hidUqc8tdn-TWID9H4NBC1ZfEih_Zt1BkAXZ24eyW6sw5lUXKzdgq8sA0Tl7RV9MeN-4hhwWR1SrEuiYvaD1eopbmEIiM_M/s1024/small+pictures.jpg" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="768" data-original-width="1024" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjunclk-jJJkCPNzKFSYobHUxLYBEZgalWmNe3UgQyeZtl6hidUqc8tdn-TWID9H4NBC1ZfEih_Zt1BkAXZ24eyW6sw5lUXKzdgq8sA0Tl7RV9MeN-4hhwWR1SrEuiYvaD1eopbmEIiM_M/w320-h240/small+pictures.jpg" width="320" /></a></div>A série Smallville ainda é uma das minhas séries preferidas. Seja pela trama cativante e bem construída ou pela memória afetiva de sua época, ela ainda hoje consegue me levar a um lugar especial. Contudo, é justamente por curtir tanto que não perdoo certos furos que a série deixou ao longo dos anos em seu roteiro, principalmente da oitava temporada em diante, quando os criadores originais saíram. Os pequenos deslizes que a história já apresentava nas primeiras temporadas, virou um queijo suíço durante as três últimas. Por isso resolvi criar esse post para destacar alguns dos principais deslizes de roteiro de Smallville que mais me incomodam quando assisto. Vamos lá!</span></div></div><p></p><p style="text-align: justify;">1. Lucas Luthor</p><p style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiv2h1pAJfObsJ1auXUVN3AsZpBv9FSYNOeYVMH2mdxBPhIr0EPcR31648I7KrNJRUiCSQzgF7kF08mPqSZubY_S3eR1c5BfY4_mivkzF6iD6xUQLTeZ9piD9h-twy5LHG3lzIab1KKJEU/s720/Smallville-215-2.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="594" data-original-width="720" height="165" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiv2h1pAJfObsJ1auXUVN3AsZpBv9FSYNOeYVMH2mdxBPhIr0EPcR31648I7KrNJRUiCSQzgF7kF08mPqSZubY_S3eR1c5BfY4_mivkzF6iD6xUQLTeZ9piD9h-twy5LHG3lzIab1KKJEU/w200-h165/Smallville-215-2.jpg" width="200" /></a></div><div style="text-align: justify;">O personagem Lucas Luthor nos é apresentado na segunda temporada como sendo um filho de Lionel fora do casamento. Primeiro a mãe de Lucas chega a Smallville em busca do filho, que acredita ser Clark, e quase mata Lex para pressionar Lionel sobre o paradeiro do rapaz. Lionel garante que o garoto morreu ainda bebê. Contudo, alguns episódios depois Lex o encontra vivo e o traz a Metrópolis para confrontar o pai. Há uma disputa de egos e suborno. Lucas a princípio se alia a Lionel e por fim se une a Lex contra Lionel, exigindo seus direitos, mas abrindo mão de estar no comando da LuthorCorp, e saindo no mundo. O fato é que depois desse episódio ele nunca mais foi sequer mencionado na série. Não apareceu nem quando Lionel morreu ou quando Lex foi dado como morto na oitava temporada. Como que um herdeiro de um bilionário não retornaria em momento algum para tomar conta do que é seu, mesmo quando a corporação parecia não ter ninguém no comando? Lex ou Lionel chegaram a dar um fim a ele? Se isso aconteceu, nunca foi mencionado.</div><p></p><p style="text-align: justify;">2. Dra. Helen Bryce</p><p style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhTEOvdDiTN_8LGZHO2T9-yBlcU-M4jjqIM8bbkMZcTwk_TV7PTl9Z5hXUDdViVMuGQCkVd348EPpjxFNGCsro9_9Smpjnz63Sy4knug8EY0m90opmYUvrBbiwbmP915cYA4sxd_YxI9-c/s624/00HelenBryce.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="352" data-original-width="624" height="113" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhTEOvdDiTN_8LGZHO2T9-yBlcU-M4jjqIM8bbkMZcTwk_TV7PTl9Z5hXUDdViVMuGQCkVd348EPpjxFNGCsro9_9Smpjnz63Sy4knug8EY0m90opmYUvrBbiwbmP915cYA4sxd_YxI9-c/w200-h113/00HelenBryce.jpg" width="200" /></a></div><div style="text-align: justify;">A médica que casa com Lex no fim da segunda temporada sempre pareceu ser uma pessoa de bom caráter, até mesmo guardou segredo sobre a amostra de sangue de Clark, a pedido dos Kent. Ameaçou não se casar mais, às vésperas do casamento, ao descobrir que Lex invadiu seu laboratório em busca do sangue de Clark. Contudo, ela se revelou uma verdadeira viúva negra, no início da terceira temporada, planejando calculosamente a morte de Lex para herdar sua fortuna. E ainda chegou a vender a Lionel a amostra de sangue de Clark. Então se ela era mesmo uma víbora, por que chegou a ajudar os Kent? Por que não se beneficiou logo da amostra de sangue de Clark? Há uma ruptura muito abrupta aí na personalidade de Helen. Mesmo que ela fosse dissimulada, as atitudes gerais dela em toda a segunda temporada não condiziam com isso.</div><p></p><p style="text-align: justify;">3. Personalidade de Lionel</p><p style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiFmkb6Pd4r3WIAo_1iHk5vuT9IopaH1RzW7ZuwQiE7nQctx8YdLjOTFuGJgc0Ftzd5X5V5rNBnihIUHEMI1k5uoC31wXVToy3EqyR7GdUPisfSrFsldHSGr9mR1UrwNcD8yqnOfQYYshY/s700/16+%25285%2529.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="700" data-original-width="467" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiFmkb6Pd4r3WIAo_1iHk5vuT9IopaH1RzW7ZuwQiE7nQctx8YdLjOTFuGJgc0Ftzd5X5V5rNBnihIUHEMI1k5uoC31wXVToy3EqyR7GdUPisfSrFsldHSGr9mR1UrwNcD8yqnOfQYYshY/s320/16+%25285%2529.jpg" width="213" /></a></div><div style="text-align: justify;">Lionel Luthor mudou bastante sua personalidade ao longo da série. A princípio parecia apenas um magnata sem escrúpulos e sem afeto pelo filho. Depois durante a segunda e terceira temporada vira o vilão da série. Na quarta, após trocar de corpo com Clark, se regenera, vira um homem de bem, desapegado dos bens materiais e capaz de fazer caridade. Porém, essa personalidade parece que não estava funcionando muito bem, e ainda na quarta temporada volta a assumir ser um homem de negócios, capaz do que for preciso para alcançar seus objetivos. Na quinta passa a ser oráculo de Jor-El, por estar de posse de uma das três pedras do poder, no momento em que Clark junta as outras duas. Mas isso não o impede de continuar chantageando quem for necessário, inclusive é o responsável pelo ataque cardíaco que mata Jonathan Kent. Porém, no final dessa temporada é defendido pelo Caçador de Marte, que alega que ele está do lado de Clark. Daí em diante ele é mostrado como alguém até de certa confiança dos Kent, mas com ressalvas, já que sempre que convém os roteiristas colocam Lionel como responsável por algum plano sombrio ou atividade suspeita. E ainda há a questão do assassinato dos pais de Lionel. Na terceira temporada ele interna Lex e o aplica terapia de eletrochoque para fazê-lo esquecer que Lionel matou os pais. Ele é preso no final da terceira temporada por esse crime. Contudo passa muitas outras temporadas depois negando que o tenha cometido. Claro que poderia apenas ser um mecanismo de defesa do personagem, porém nas vezes em que o nega, ele é sempre muito verdadeiro, como se realmente estivesse sendo sincero. Então por que correr o risco de matar Lex ou deixá-lo em estado vegetativo se ele era inocente desse crime?</div><p></p><p style="text-align: justify;">4. Origem do Cristal da Fortaleza</p><p style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh_q2_BuD0Wbr7mpHKWYGV8IWyXPtxa16AoFX6JCbAFLXWgTTM_2ivYmff9AikiMdANliLedOPRPXRyPgz1uEqktHaqQisoqzWsC5nM7JGMyek37KldOcQDrA0MnVRDdOOcXDhUTv_6uq0/s1777/MV5BMTg2Nzk4NzAyOV5BMl5BanBnXkFtZTgwMDI0MDAzMDI%2540._V1_SX1777_CR0%252C0%252C1777%252C999_AL_.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="999" data-original-width="1777" height="113" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh_q2_BuD0Wbr7mpHKWYGV8IWyXPtxa16AoFX6JCbAFLXWgTTM_2ivYmff9AikiMdANliLedOPRPXRyPgz1uEqktHaqQisoqzWsC5nM7JGMyek37KldOcQDrA0MnVRDdOOcXDhUTv_6uq0/w200-h113/MV5BMTg2Nzk4NzAyOV5BMl5BanBnXkFtZTgwMDI0MDAzMDI%2540._V1_SX1777_CR0%252C0%252C1777%252C999_AL_.jpg" width="200" /></a></div><div style="text-align: justify;">Durante toda a quarta temporada Clark procurou e tentou unir as três pedras do poder que juntas formariam o Cristal que construiria a Fortaleza no Ártico. Uma trama bastante interessante. Pelo desenvolvimento da história parecia que as pedras tinham sido escondidas na Terra há séculos por kryptonianos, pois no século XVII a condessa Margaret Isobel Thoreaux já as procurava. Contudo, lá na nona temporada vemos um flashback de Jor-El com Zod em Krypton, e o pai biológico de Clark está preparando o Cristal para enviar à Terra. Ou seja, como Jor-El poderia ter sido o responsável por enviar o Cristal, se muitos séculos antes aqui na Terra já se procuravam por ele? Ou há um lapso absurdo de tempo entre a Terra e Krypton ou é um erro primário de enredo. Eu creio na segunda opção, já que foi uma cena da nona temporada, quando os criadores originais da série já tinham saído.</div><p></p><p style="text-align: justify;">5. Aparência de Jor-El</p><p style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEisTHAn8aHtA-48cVump7WYhAyV7Z77pGO25_3zrN869WUCT2Lps32LqOwyGyRsChaduCNp-G32wpqNGExfPR_qD7ui-sfjGyVIjn4B9eg9bptpHAlH-_9NEoqshlmIAr9MVZVIutH3S3E/s720/photocollage_2021814225523942.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="480" data-original-width="720" height="133" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEisTHAn8aHtA-48cVump7WYhAyV7Z77pGO25_3zrN869WUCT2Lps32LqOwyGyRsChaduCNp-G32wpqNGExfPR_qD7ui-sfjGyVIjn4B9eg9bptpHAlH-_9NEoqshlmIAr9MVZVIutH3S3E/w200-h133/photocollage_2021814225523942.jpg" width="200" /></a></div><div style="text-align: justify;">Jor-El é apresentado na série pela primeira vez em flashbacks de Clark na terceira temporada. Ele tem a mesma aparência de Clark e é revelado que ele esteve em missão na Terra quando jovem, e se apaixonou pela tia-avó de Lana, isso lá pelos anos 60, ou seja, 20 anos antes da destruição de Krypton. Na sétima temporada, Lara, a mãe biológica de Clark, chega a confundi-lo com Jor-El quando o vê, devido a semelhança entre eles. Entretanto, na nona temporada vemos um Jor-El em Krypton, 20 anos antes da destruição do planeta, que nada tem a ver com a aparência de Clark ou com a idade que Jor-El é mostrado na visita à Terra lá na terceira temporada. Jogaram a continuidade às favas.</div><p></p><p style="text-align: justify;">6. Jimmy que não era Jimmy</p><p style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj1dnuk1L4cRDUHh4dpwhUcEzELX-fhkaciSwqIP1JWFT88arvfXoQjnHJROBPYcblZGQB0jnWFz5llgI0YGOw5J7pzZgODZeMpL77WJoJFgK2WhAfxv9upk71XMVZgdgq71YPfS0CWSec/s700/01+%252827%2529.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="466" data-original-width="700" height="133" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj1dnuk1L4cRDUHh4dpwhUcEzELX-fhkaciSwqIP1JWFT88arvfXoQjnHJROBPYcblZGQB0jnWFz5llgI0YGOw5J7pzZgODZeMpL77WJoJFgK2WhAfxv9upk71XMVZgdgq71YPfS0CWSec/w200-h133/01+%252827%2529.jpg" width="200" /></a></div><div style="text-align: justify;">Se tem um personagem que foi sacaneado na série, esse foi Jimmy, ou melhor James Olsen. Culpa dos roteiristas, claro. Jimmy é apresentado na série na sexta temporada e entra no elenco fixo na sétima. Ele é definitivamente o clássico Jimmy Olsen dos HQs, tanto que há um extra no box do DVD da sétima temporada com vários Jimmys das séries de TV que já tiveram. Contudo, os roteiristas decidiram, por alguma razão, que não queriam mais trabalhar com o personagem a partir da nona temporada e resolveram simplesmente matá-lo no final da oitava. Para justificar tal ato, já que Jimmy não poderia morrer antes de Clark se tornar o Superman, resolveram fingir que na verdade Jimmy não era Jimmy, que era James, que o verdadeiro Jimmy era seu irmão ainda criança, de quem ninguém nunca nem tinha ouvido falar. Essa é de apedrejar os roteiristas.</div></div><p></p><p style="text-align: justify;">7. Caixinha da armadura de São Jorge</p><p style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh9Losl3FlLLKJuNp4qxnoJrdGTuilUqH6pOuVjY9exjduN23gDxjGp_n-Xnz6E6sXlJAWlJYki4gqwi71RtxTZS6s_Zz6cJiCIf3XKkgJ3rOlSJjbFnG05Mm9_RRxgd8eb0Ip3-If0v7E/s727/Smallville-102-04.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="480" data-original-width="727" height="132" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh9Losl3FlLLKJuNp4qxnoJrdGTuilUqH6pOuVjY9exjduN23gDxjGp_n-Xnz6E6sXlJAWlJYki4gqwi71RtxTZS6s_Zz6cJiCIf3XKkgJ3rOlSJjbFnG05Mm9_RRxgd8eb0Ip3-If0v7E/w200-h132/Smallville-102-04.jpg" width="200" /></a></div><div style="text-align: justify;">Desde o início da primeira temporada somos apresentados à caixinha de chumbo, feita da armadura de São Jorge, que Lionel deu a Lex no aniversário de 14 anos dele, e esse flashback é mostrado durante a terceira temporada. Essa caixinha percorre muitas temporadas e passa por muitas mãos, desde quando Lex a dá a Clark. Contudo, lá na oitava temporada ela aparece em um flashback nas mãos de Lex ainda criança, quando ele ainda não a tinha recebido de presente de Lionel. Podemos até imaginar que a caixa já pertencia a Lionel e ele simplesmente resolveu dar ao filho quando ele fez 14 anos, mas é mais provável que seja mais um descuido dos roteiristas, já que lá no flashback Lionel apresenta a caixinha a Lex como se ele nunca a tivesse visto.</div><p></p><p style="text-align: justify;">8. Dúvidas de Lionel sobre Clark</p><p style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjTeUx2ZgTu6YZd4aS0wwdwHWJRbwi_W_YKIYrVNYDjYssCGfORnxCJn6i_3kHZLQZ1ffp2lS0lA34nWyyNueZ4tfNbxEuccbt0QnOveugsLaxoDKBQnUOyhd5_AhpLRPjVAa0fETG1XbQ/s2000/MV5BN2U1MTU1ZmYtM2U4Yy00NmM5LTljMTYtMmY0YjA4NjZmOTM0XkEyXkFqcGdeQXVyNDA5ODU0NDg%2540._V1_.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1500" data-original-width="2000" height="150" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjTeUx2ZgTu6YZd4aS0wwdwHWJRbwi_W_YKIYrVNYDjYssCGfORnxCJn6i_3kHZLQZ1ffp2lS0lA34nWyyNueZ4tfNbxEuccbt0QnOveugsLaxoDKBQnUOyhd5_AhpLRPjVAa0fETG1XbQ/w200-h150/MV5BN2U1MTU1ZmYtM2U4Yy00NmM5LTljMTYtMmY0YjA4NjZmOTM0XkEyXkFqcGdeQXVyNDA5ODU0NDg%2540._V1_.jpg" width="200" /></a></div><div style="text-align: justify;">Durante a segunda e terceira temporadas, Lionel começa a desconfiar que há algo de estranho com Clark e passa a ficar cada vez mais obcecado por ele, como se nem desconfiasse o que poderia ser. Contudo, lá na sétima temporada revela-se que Lionel fazia parte da organização secreta Veritas, que aguardava a chegada de um viajante das galáxias. Na oitava temporada quando descobrimos que Davis Bloome também veio agarrado à nave de Clark, é revelado que Lionel já sabia que o viajante iria chegar no mesmo dia em que ele foi a Smallville com Lex. Lionel inclusive manda procurar pelo viajante e seus empregados encontram Davis e o levam a Lionel. Depois de algumas semanas, quando Lionel percebe que o viajante não é Davis, ele o abandona. E aí a série deixa no ar que uma das principais razões seria a descoberta de que os Kent adotaram um menino no mesmo dia da chuva de meteoros. Então desde essa época Lionel se já não soubesse que o viajante era Clark, ao menos desconfiaria. E com os recursos que ele tem, logo ele daria um jeito de se certificar. Assim não faz sentido as dúvidas de Lionel a respeito de Clark no início da série. </div><p></p><p style="text-align: justify;">9. Objetos com múltiplas e bizarras funções</p><p style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgYtR0dtm6vPc_Tfr9UuVGR2lKmel7quRfkgOXJzrXA-v8ptj0oXNNXG4A_liS81RqOh3NGark-tjf5owhVWqbtu3l-lxeDYWAFBJ8ONAFUY_duNaN7WlMuODYklXbvKtObk8XkM2gPiGA/s2048/InShot_20210815_085735302.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1152" data-original-width="2048" height="113" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgYtR0dtm6vPc_Tfr9UuVGR2lKmel7quRfkgOXJzrXA-v8ptj0oXNNXG4A_liS81RqOh3NGark-tjf5owhVWqbtu3l-lxeDYWAFBJ8ONAFUY_duNaN7WlMuODYklXbvKtObk8XkM2gPiGA/w200-h113/InShot_20210815_085735302.jpg" width="200" /></a></div><div style="text-align: justify;">Os objetos kryptonianos são realmente bastante complexos, mas não para tanto. Ao longo da série, alguns tiveram novas funções que surgiram do nada, apenas para atender a necessidade do roteiro. Como por exemplo:</div><div style="text-align: justify;">- Lois e Clark sendo enviados à Zona Fantasma só por segurarem o cristal da Fortaleza, quando isso nunca havia acontecido antes, e outras pessoas já tinham segurado e não foram enviadas.</div><div style="text-align: justify;">- Bracelete de Kara que subitamente viaja no tempo.</div><div style="text-align: justify;">- O DNA de Zod e de seus soldados dentro do orbe que serviria apenas para controlar os poderes de Clark. (Aqui vale mais uma observação. Como que o Zod aprisionado no orbe poderia saber da existência de Davis Bloome, e ainda orientar Tess a ajudá-lo ou destruí-lo, se o DNA do Zod no orbe era de antes do verdadeiro Zod ter criado o Apocalipse?).</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div>10. Clark ressuscitando Zod</div><div><br /></div><div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhJtL6Cqs7eWKhWKlSApwivW7IN-hTgq1_rpsfuWqStXsb1jvoZqlOZ_kdFSGHw1fpqd-Oih9vn7cuS8JPc7tKLTM6Ozj3mCI6ak4f_LLJPPW-guLaecO0Q1dGUYtWcTcSj2AXWKZGfU34/s700/MV5BNTExNjFjY2YtYjUzZi00Y2FmLWIzNzMtYzRmNzRmMDgzODFiXkEyXkFqcGdeQXVyMjg2MTMyNTM%2540._V1_.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="467" data-original-width="700" height="133" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhJtL6Cqs7eWKhWKlSApwivW7IN-hTgq1_rpsfuWqStXsb1jvoZqlOZ_kdFSGHw1fpqd-Oih9vn7cuS8JPc7tKLTM6Ozj3mCI6ak4f_LLJPPW-guLaecO0Q1dGUYtWcTcSj2AXWKZGfU34/w200-h133/MV5BNTExNjFjY2YtYjUzZi00Y2FmLWIzNzMtYzRmNzRmMDgzODFiXkEyXkFqcGdeQXVyMjg2MTMyNTM%2540._V1_.jpg" width="200" /></a></div><div style="text-align: justify;">Quando Zod morre com um tiro na nona temporada, Clark, num ato de desespero, faz um corte em seu braço com kryptonita para derramar seu sangue na ferida de Zod, que acaba se curando e ressuscitando. A questão é: como Clark sabia que seu sangue poderia fazer isso? Podemos até supor que ele se recordou da terapia que Lionel criou com o sangue de Clark para ressuscitar os mortos na terceira temporada, mas então por que ele não fez o mesmo quando seu pai biológico Jor-El também morreu em seus braços?</div></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">11. Livro de RAO</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi9808Tk9F5M9sfC2jZUFAobBdt9aRDTCutDwJzUPxdYzPnXj5jEfrrkC-AY3uAXgUlkELpnPhdgUsY0lO0g4myRgAQcmPY5SRb19Y8XBFi50d0UEYRRJH1p4Pk_4gEWAwGnZhEAh6C4w8/s2048/InShot_20210815_092727063.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1155" data-original-width="2048" height="113" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi9808Tk9F5M9sfC2jZUFAobBdt9aRDTCutDwJzUPxdYzPnXj5jEfrrkC-AY3uAXgUlkELpnPhdgUsY0lO0g4myRgAQcmPY5SRb19Y8XBFi50d0UEYRRJH1p4Pk_4gEWAwGnZhEAh6C4w8/w200-h113/InShot_20210815_092727063.jpg" width="200" /></a></div><div style="text-align: justify;">Zod passa a nona temporada quase inteira procurando esse Livro de RAO, que Faora diz a Clark que é a fonte de conhecimento do universo, e que dará uma força poderosíssima a Zod. Contudo, no fim o livro de RAO só serve para mandar os kandorianos à Zona Fantasma. Uma solução bem conveniente para Clark se livrar de Zod.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">12. Poderes inexplicáveis de Alia</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhVF_NiouMIf_VtnYwlmbiOESze66NZ07q7td5yVb1KeFh2sdeCjCvoP2etZOiMquqAFEIJ_EkDLYHuLZV03_VdUFSOT1elO0tlClBKcW5Ci3pjhxrZVdJEwaFM1uQAKCU4AZvIWHt21dE/s2048/InShot_20210815_093310012.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1155" data-original-width="2048" height="113" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhVF_NiouMIf_VtnYwlmbiOESze66NZ07q7td5yVb1KeFh2sdeCjCvoP2etZOiMquqAFEIJ_EkDLYHuLZV03_VdUFSOT1elO0tlClBKcW5Ci3pjhxrZVdJEwaFM1uQAKCU4AZvIWHt21dE/w200-h113/InShot_20210815_093310012.jpg" width="200" /></a></div><div style="text-align: justify;">Alia, a kandoriana que retornou do futuro com Lois, é responsável por um dos erros mais grosseiros de toda a série. Quando Alia chega com Lois no início da nona temporada, ela utiliza seus poderes para tentar matar Lois. Porém, existe uma razão, ainda não revelada nesta data, que a impossibilitaria de ter poderes. Alia é uma das cópias de DNA que Zod coletou em Krypton, mas essas cópias não adquirem poder sob o sol amarelo, apenas sob o sol vermelho. Se formos ao futuro, de onde Lois e Alia vieram, vamos encontrar mais um erro. Lá os kandonrianos estão com poder porque Zod bloqueou o sol amarelo, deixando-o vermelho. Porém, momentos antes de Lois retornar, Clark já havia desbloqueado o sol amarelo, retirando os poderes dos kandonrianos novamente. Ainda assim, Alia corre até Lois com sua supervelocidade, e as duas juntas voltam ao passado. Ou seja, quando Alia corre até Lois, ela já não poderia ter poderes, e muito menos no passado, onde ela chega com Lois. Uma sequência totalmente equivocada, sem o menor planejamento.</div></div>Samuel Diashttp://www.blogger.com/profile/09565385863694310353noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5754297382391073584.post-55177983187003581222019-07-31T21:20:00.005-03:002021-10-29T08:32:48.570-03:00O fenômeno Sandy e Junior: há explicação?<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj1SZJU0gGTs7Q-aP0SvOO2Pjo40vD-2TuYlt-bXJzUouUyzpvHrpTn8YQ44yP-yMDIz2C11tCFKDxwixfpd3i6sg3ddtR0uek7xtZugXDxC2pWCw3cFq6l3Cy0CX3PXdIUEgvg3PUNgdA/s1600/sandy-e-jr.png" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><span face=""trebuchet ms" , sans-serif"><img border="0" data-original-height="827" data-original-width="1334" height="198" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj1SZJU0gGTs7Q-aP0SvOO2Pjo40vD-2TuYlt-bXJzUouUyzpvHrpTn8YQ44yP-yMDIz2C11tCFKDxwixfpd3i6sg3ddtR0uek7xtZugXDxC2pWCw3cFq6l3Cy0CX3PXdIUEgvg3PUNgdA/s320/sandy-e-jr.png" width="320" /></span></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span face=""trebuchet ms" , sans-serif" style="font-size: small;">Foto: Jairo Goldflus</span></td></tr>
</tbody></table>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.2; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;">
<span face=""trebuchet ms" , sans-serif" style="white-space: pre-wrap;">O retorno da dupla Sandy e Junior, em turnê comemorativa de 30 anos de carreira, segue enlouquecendo o país exatamente como no auge de “As Quatro Estações”, 20 anos atrás. Ingressos esgotados em minutos, shows extras, desespero de quem ficou de fora. A gravadora Universal, detentora de toda obra fonográfica dos artistas, também não deixou a oportunidade passar, relançou alguns CDs avulsos, depois lançou um box contendo todos os 16 discos da carreira deles (embora a qualidade dessa nova tiragem deixe bastante a desejar), e agora está lançando três álbuns em vinil, formato em que a obra deles não era lançada desde 1995, com o disco “Você é D+!”.</span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.2; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;">
<span face=""trebuchet ms" , sans-serif" style="white-space: pre-wrap;"><br /></span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.2; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;">
<span face=""trebuchet ms" , sans-serif" style="white-space: pre-wrap;">Não há dúvida de que Sandy e Junior ainda é sinônimo de sucesso. Evidente que o hiato de 12 anos desde que a dupla se separou, em 2007, explica bem esse “boom” em 2019. Todos querem vê-los juntos novamente, os fãs nostálgicos e uma nova geração que não teve a chance de ir a um show deles. Caso a separação não tivesse ocorrido, não acredito que eles ainda estivessem fazendo todo esse barulho. Os últimos anos juntos já demonstravam uma desaceleração da sua popularidade. Contudo, isso não desvaloriza nem apaga um dos feitos mais raros da história da música brasileira. Sandy e Junior alcançaram sucesso ainda crianças, no primeiro disco, e foram mantendo e aumentando consideravelmente esse sucesso ao longo de mais de uma década. Como isso foi possível? E por que outras duplas e grupos infantis como Balão Mágico, Trem da Alegria, Luan e Vanessa e Mulekada não conseguiram também? Tenho minhas teorias de como pequenas decisões em determinados momentos foram significativas na carreira deles.</span><br />
<span face=""trebuchet ms" , sans-serif"><span style="white-space: pre-wrap;"><br /></span><span style="white-space: pre-wrap;"><b>"Maria Chiquinha" e a sua sucessora</b></span></span><br />
<span face=""trebuchet ms" , sans-serif" style="white-space: pre-wrap;"><b><br /></b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.2; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjVteh0_LWfgZarfiAJE-TMel7ctL0H5ZauHCPGIMvW9Wi-XZxdslHoSik3bv1iTdTcR61BXSqbsH7uHb97JO3PkuJKIc5XWhPFfrpD6lsmtTs5Q7_QzmowubOftEm7MlZbQIo71YBzxMg/s1600/image-COLLAGE.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><span face=""trebuchet ms" , sans-serif"><img border="0" data-original-height="759" data-original-width="569" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjVteh0_LWfgZarfiAJE-TMel7ctL0H5ZauHCPGIMvW9Wi-XZxdslHoSik3bv1iTdTcR61BXSqbsH7uHb97JO3PkuJKIc5XWhPFfrpD6lsmtTs5Q7_QzmowubOftEm7MlZbQIo71YBzxMg/s400/image-COLLAGE.jpg" width="298" /></span></a><span face=""trebuchet ms" , sans-serif" style="white-space: pre-wrap;">Para o início do sucesso vários fatores contribuíram. O primeiro foi, inegavelmente, serem filhos de Xororó, que estava com a carreira em ascensão com Chitãozinho à época. Depois, “Maria Chiquinha”, a canção - hoje apontada como misógina e necrófila - foi a responsável por fazê-los sucesso antes mesmo de lançarem o primeiro disco. Na verdade, foi ela quem despertou as gravadoras para o potencial das crianças. Era divertido e surpreendente ver aqueles dois projetos de gente discutindo uma relação de adultos numa canção. E por fim, claro, o talento inquestionável deles, que desde cedo já traziam uma disposição natural à música, inclusive com afinação vocal.</span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.2; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;">
<span face=""trebuchet ms" , sans-serif" style="white-space: pre-wrap;"><br /></span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.2; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;">
<span face=""trebuchet ms" , sans-serif" style="white-space: pre-wrap;">Disco lançado, sucesso alcançado, pronto, deveria ter acabado aí, como aconteceu e acontece com inúmeros artistas. Mas surpreendentemente o novo disco consegue um feito quase impossível de alcançar por um artista: uma nova canção que supere o sucesso anterior. E eles conseguiram. “A Resposta da Mariquinha” seguiu uma fórmula bastante usada pela indústria fonográfica, porém quase sempre sem muito êxito, de repetir a receita do sucesso anterior. A música trazia a dupla novamente discutindo uma relação de adultos. Acontece que “A Resposta da Mariquinha” era muito melhor do que “Maria Chiquinha”. A canção tinha mais ritmo, refrão e não era arrastada como a anterior. A produção do segundo disco também foi significativamente superior. Percebe-se o cuidado, o capricho e a bagagem de Xororó na concepção do novo trabalho da dupla, que ainda emplacou “Vamos Construir”, primeira de muitas versões de sucessos internacionais que os acompanhariam.</span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.2; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;">
<span face=""trebuchet ms" , sans-serif" style="white-space: pre-wrap;"><br /></span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.2; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;">
<span face=""trebuchet ms" , sans-serif" style="white-space: pre-wrap;"><b>Anos 60 e "Com Você"</b></span><br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhTSZOkC3h5HAxiHCm7TQx0uWEcE2tYdFrj1osbhU295dyQ1sCgcj-10wZtPumSWguuKZXn_kRdZJUYoEFs8lsgbqsEUDqBxKQy-423KF4ysJMBlbtn3ZI29Xy9DWlf97WoYhyOMkxK_YY/s1600/Sandy_e_Junior+%252851%2529a-COLLAGE.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><span face=""trebuchet ms" , sans-serif"><img border="0" data-original-height="319" data-original-width="319" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhTSZOkC3h5HAxiHCm7TQx0uWEcE2tYdFrj1osbhU295dyQ1sCgcj-10wZtPumSWguuKZXn_kRdZJUYoEFs8lsgbqsEUDqBxKQy-423KF4ysJMBlbtn3ZI29Xy9DWlf97WoYhyOMkxK_YY/s1600/Sandy_e_Junior+%252851%2529a-COLLAGE.jpg" /></span></a></div>
<span face=""trebuchet ms" , sans-serif" style="white-space: pre-wrap;">No terceiro disco há a primeira grande sacada que faz a dupla não perder definitivamente o sucesso. Repetir novamente a fórmula e trazer outra canção nos moldes das anteriores não seria apenas arriscado, mas um erro fatal. E ele ainda foi feito, embora não trabalhado comercialmente. A canção “Ciumeira”, composta por Xororó e parceiros, numa nítida tentativa de recriar algo parecido com “A Resposta da Mariquinha”, deixou evidente o desgaste da fórmula, e o resultado foi uma canção insignificante, que se tivesse sido o carro-chefe do disco teria levado a dupla rapidamente ao esquecimento. Mas algum gênio resolveu apostar nos anos 60, no musical “Grease”, de onde Sandy herdou o nome, e na jovem guarda, saindo um pouco do sertanejo e entrando no rock e no pop, com direito à caracterização de figurino. As versões “Tô Ligado em Você” e “Primeiro Amor” trouxeram um frescor e o elemento surpresa, que acompanhava a dupla desde o início. Além da regravação de “Splish Splash”, que embora trouxesse a velha discussão de casal, vinha embrulhada na nostalgia da jovem guarda.</span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.2; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;">
<span face=""trebuchet ms" , sans-serif" style="white-space: pre-wrap;"><br /></span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.2; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;">
<span face=""trebuchet ms" , sans-serif" style="white-space: pre-wrap;">O quarto álbum trouxe outras inovações, ao mesmo tempo em que se prendia à fórmula de sucesso do disco anterior, os anos 60, aqui bastante explorado em várias faixas. Porém, a produção não se deixou levar apenas pela receita pronta e, com a experiência de "Primeiro Amor", de que uma canção romântica funciona, apostou na versão que se tornou um dos maiores sucessos da dupla, “Com Você”. O hit romântico e bem trabalhado garantiu, quase que sozinho, o excelente desempenho do disco, além, claro, de manter o sucesso da dupla e aumentar a sua popularidade. A canção "Criança Esperança", criada para o programa de TV, emocionou o público e também virou sucesso.</span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.2; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;">
<span face=""trebuchet ms" , sans-serif" style="white-space: pre-wrap;"><br /></span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.2; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;">
<span face=""trebuchet ms" , sans-serif" style="white-space: pre-wrap;"><b>Entre a infância e a adolescência</b></span><br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgD7SLrv3IAMl0IYbAR6nY-vK26k7MVH2ALPBfNciiDetiwh18tEavPm84dKsVTVebsm4nwdRQc9KcegJ6Vn1bymC3rQEruXYbnV4kZOwHte3FfUzOUcWNjeZRwI7unqTgZqxItKX2paFc/s1600/Sandy_e_Junior+%252862%2529-COLLAGE.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><span face=""trebuchet ms" , sans-serif"><img border="0" data-original-height="655" data-original-width="655" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgD7SLrv3IAMl0IYbAR6nY-vK26k7MVH2ALPBfNciiDetiwh18tEavPm84dKsVTVebsm4nwdRQc9KcegJ6Vn1bymC3rQEruXYbnV4kZOwHte3FfUzOUcWNjeZRwI7unqTgZqxItKX2paFc/s320/Sandy_e_Junior+%252862%2529-COLLAGE.jpg" width="320" /></span></a></div>
<span face=""trebuchet ms" , sans-serif" style="white-space: pre-wrap;">Para o próximo disco, Xuxa, homenageada em uma canção no álbum anterior, foi convidada para participar em uma faixa. Outros clássicos dos anos 60 e 70 seguiram ganhando versões. A música tema do filme "Dirty Dancing" virou "Sonho Real", e aparentemente foi produzida na intenção de promover o álbum, contudo, a ideia da gravadora, em aproveitar a explosão da série de TV "Power Rangers", foi mesmo quem garantiu a popularidade do disco. Mais a frente, outra canção de discussão de casal ganhou o público, com uma inovação: "Vai Ter Que Rebolar", como o nome já diz, fazia Junior literalmente rebolar, desconstruindo estereótipos sobre o comportamento masculino.</span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.2; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;">
<span face=""trebuchet ms" , sans-serif" style="vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><br /></span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.2; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;">
<span face=""trebuchet ms" , sans-serif"><span style="vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">O passo seguinte foi outro grande momento na carreira do dois. A adolescência chegava e o repertório precisava se adaptar. Há um grande salto de qualidade no novo disco. “Dig Dig Joy” foi uma feliz composição que brincava em cima de uma coreografia, com um refrão envolvente, flertando ainda com a infância, enquanto “Não Ter”, versão de sucesso de Laura Pausini, mexia com os sentimentos dos adolescentes que então afloravam. Foi um álbum de transição, muito bem elaborado, que percorria ainda o country e a salsa com “Etc… e Tal” e “Férias de Julho”. Aqui o famoso </span><span style="font-style: italic; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">mullet </span><span style="vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">de Junior também ficava pra trás.</span></span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.2; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;">
<span face=""trebuchet ms" , sans-serif" style="vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><br /></span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.2; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;">
<span face=""trebuchet ms" , sans-serif" style="vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><b>TV, cinema e 1 milhão de cópias</b></span><br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg1QMHCYuTjJ7Gmf8ZMic0NpiEp4lCUIt75PAiwdE1rWu0phSEqrNqizeXVsIFNWZKbLya1PvsHFObqqqS09VoDYXhU4iXSG1roHnhnxyb14Co9WB7kPAZMUG45MF_C8eZ802Mn0-Br8Xw/s1600/Sandy_e_Junior+%2528227%2529-COLLAGE+%25282%2529.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><span face=""trebuchet ms" , sans-serif"><img border="0" data-original-height="431" data-original-width="431" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg1QMHCYuTjJ7Gmf8ZMic0NpiEp4lCUIt75PAiwdE1rWu0phSEqrNqizeXVsIFNWZKbLya1PvsHFObqqqS09VoDYXhU4iXSG1roHnhnxyb14Co9WB7kPAZMUG45MF_C8eZ802Mn0-Br8Xw/s320/Sandy_e_Junior+%2528227%2529-COLLAGE+%25282%2529.jpg" width="320" /></span></a></div>
<span face=""trebuchet ms" , sans-serif"><span style="vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Com o talento cada vez mais evidente, exigentes na qualidade do trabalho e a popularidade crescendo, eles ganham seu próprio programa de gincanas e entrevistas na extinta TV Manchete, o “Sandy e Junior Show”, ajudando a promovê-los ainda mais. O disco seguinte reafirmou com segurança o rumo que a carreira dos jovens adolescentes tomava. Outra vez quiseram refazer a fórmula de sucesso de um álbum anterior, criando a música “Pomponeta”, que também brincava em cima de uma coreografia, com um refrão </span><span style="font-style: italic; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">nonsense</span><span style="vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">, para ser uma nova “Dig Dig Joy”. Porém, novamente não caíram nessa armadilha e lançaram “Beijo é Bom”, com uma pegada bem mais pop, que lembrava muito a canção “Wannabe” das Spice Girls. No contrapeso, a balada “Inesquecível”, mais uma versão de Laura Pausini, que se tornou outro dos maiores sucessos da dupla. Ainda conseguiram se destacar as canções “Eu Acho Que Pirei”, “Little Cowboy”, “Pot-pourri Bee Gees” e “Era Uma Vez”, essa feita exclusivamente para a novela homônima, em parceria com Toquinho, incluída no disco numa nova tiragem no ano seguinte.</span></span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.2; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;">
<span face=""trebuchet ms" , sans-serif" style="white-space: pre-wrap;"><br /></span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.2; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;">
<span face=""trebuchet ms" , sans-serif" style="white-space: pre-wrap;">Por essa época, o talento de Sandy é reconhecido pelo tenor italiano Andrea Bocelli e eles gravam juntos a canção “Vivo por Ella”. Também estreiam como atores no filme dos Trapalhões “O Noviço Rebelde”. A essa altura já estava mais do que evidente de que aquelas crianças que começaram cantando “Maria Chiquinha” tinham chegado mesmo para ficar. Cada álbum vendia mais que o anterior. Surge então a ideia de gravar o primeiro disco ao vivo, com mais três faixas inéditas de estúdio. A versão de Celine Dion do tema de Titanic, “Em Cada Sonho”, promoveu o álbum, aproveitando o sucesso do filme, seguida da versão de Savage Garden, “No Fundo do Coração”, que se tornou o primeiro videoclipe deles a entrar na MTV. O registro do show também foi lançado em VHS e o saldo final do disco foi o primeiro a ultrapassar 1 milhão de cópias.</span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.2; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;">
<span face=""trebuchet ms" , sans-serif" style="white-space: pre-wrap;"><br /></span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.2; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;">
<span face=""trebuchet ms" , sans-serif" style="white-space: pre-wrap;"><b>"As Quatro Estações" e o seriado</b></span><br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjMBX30Fw-3pM3jG-kxGlss5DnmlEibim9q5St4PvMfjnvbZcCQRFQK9neqaWiuh90kDeKfqdv7fSUHLcinvBYH39JO_2hC0tumZ9jRQWRZLH23_1qLN8CcZTlY8rlJv3bN_ktDKfqUBnA/s1600/Sandy+e+Junior1er.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><span face=""trebuchet ms" , sans-serif"><img border="0" data-original-height="930" data-original-width="1240" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjMBX30Fw-3pM3jG-kxGlss5DnmlEibim9q5St4PvMfjnvbZcCQRFQK9neqaWiuh90kDeKfqdv7fSUHLcinvBYH39JO_2hC0tumZ9jRQWRZLH23_1qLN8CcZTlY8rlJv3bN_ktDKfqUBnA/s320/Sandy+e+Junior1er.jpg" width="320" /></span></a><span face=""trebuchet ms" , sans-serif" style="white-space: pre-wrap;">Agora parecia que Sandy e Junior enfim tinham chegado ao topo, e então eles lançam o icônico “As Quatro Estações”, um dos maiores saltos de qualidade, inovação, técnica e amadurecimento da carreira, e um dos melhores álbuns deles. O disco saiu em meio à primeira temporada do seriado “Sandy e Junior” na Rede Globo. Decidir atuar, interpretando a si mesmos numa série de TV, que levava os seus nomes, foi mais uma sábia decisão. Eles e suas canções entravam toda semana no lar de milhões de brasileiros. Dessa forma, quase todas as músicas do disco foram tocadas no seriado e ficaram conhecidas, catapultando completamente a carreira deles. A divulgação do disco, contudo, começou sem arriscar muito, com a versão de Celine Dion, “Imortal”, mas logo as primeiras composições de Sandy, “Olha o que o amor me faz” e “As Quatro Estações”, se mostraram bem mais interessantes, assim como “Aprender a Amar”, a canção que trazia Junior muito bem nos vocais principais. O ritmo enérgico da juventude ficou por conta de “Eu Quero Mais” e “Vamo Pulá”. E ainda passearam pelo italiano com a belíssima “Malia”, produzida para a novela “Terra Nostra”.</span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.2; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;">
<span face=""trebuchet ms" , sans-serif" style="white-space: pre-wrap;"><br /></span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.2; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;">
<span face=""trebuchet ms" , sans-serif" style="white-space: pre-wrap;">Aproveitando o sucesso de tantos <i>singles </i>do álbum, eles decidem lançar novamente um disco ao vivo, a versão “Quatro Estações - O Show”, com três canções inéditas de estúdio outra vez, o famoso CD com as quatro opções de capa. “A Lenda”, composição do grupo Roupa Nova, foi literalmente o apogeu da dupla. O disco ainda trouxe o sucesso “Enrosca” com vocais de Junior, repetindo o que havia dado certo em “Aprender a Amar”, porém, dessa vez, sem Sandy para acompanhar. É ainda hoje o álbum com maior número de vendagens deles. </span><span face=""trebuchet ms" , sans-serif" style="white-space: pre-wrap;">Também nesse ano gravam uma canção em parceria com o cantor espanhol Enrique Iglesias. E no início do ano seguinte participam da terceira edição do festival internacional <i>Rock in Rio</i>. </span><span face=""trebuchet ms" , sans-serif" style="white-space: pre-wrap;">O sucesso da dupla ficara tão gigante que Sandy ganha uma novela pensada exclusivamente para ela na Rede Globo, “Estrela-Guia”. </span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.2; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;">
<span face=""trebuchet ms" , sans-serif" style="vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><br /></span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.2; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;">
<span face=""trebuchet ms" , sans-serif" style="vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><b>Artistas internacionais</b></span><br />
<span face=""trebuchet ms" , sans-serif"><br /></span>
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjw-gJSbRm6Y2sKo_uJlkErsebDMRwY9X9GE6BUaN9UBcJ6HTToidOZz-nqJjzDtZO2p1OlV8TBzrHJa87bjTkV9M3P1AMnyYofXHdbltkMMidQYdUDP7tfkKOoG6XR48-TO4p2uZxistk/s1600/CollageMaker_20190731_195650987a.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><span face=""trebuchet ms" , sans-serif"><img border="0" data-original-height="930" data-original-width="930" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjw-gJSbRm6Y2sKo_uJlkErsebDMRwY9X9GE6BUaN9UBcJ6HTToidOZz-nqJjzDtZO2p1OlV8TBzrHJa87bjTkV9M3P1AMnyYofXHdbltkMMidQYdUDP7tfkKOoG6XR48-TO4p2uZxistk/s320/CollageMaker_20190731_195650987a.jpg" width="320" /></span></a><span face=""trebuchet ms" , sans-serif"><span style="vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Outro salto de qualidade é alcançado no disco seguinte. A balada “O Amor Faz” e a frenética “A Gente Dá Certo” deram início aos trabalhos de divulgação do álbum, porém, a primeira canção acabou superada quando as demais começaram a despontar, como “Não Dá Pra Não Pensar” (de autoria dos próprios irmãos), “Nada é Por Acaso”, "Cai a Chuva” e principalmente “Quando Você Passa”, a famosa </span><span style="font-style: italic; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Turu Turu</span><span style="vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">.</span></span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.2; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;">
<span face=""trebuchet ms" , sans-serif" style="white-space: pre-wrap;"><br /></span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.2; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;">
<span face=""trebuchet ms" , sans-serif" style="white-space: pre-wrap;">Pensando em conquistar o mercado internacional também, a gravadora lança o projeto de um disco em inglês, lançado em vários países ao mesmo tempo. Gravado quase que simultaneamente ao álbum anterior, mas lançado no ano seguinte, o disco “Internacional” fez a dupla gravar não só em inglês, mas em espanhol e francês. As canções “Love Never Fails” e “Words Are Not Enough” alcançaram bom desempenho já que tudo que eles gravavam nessa época virava sucesso, no entanto, apesar da superprodução do álbum, não eram canções originais, já haviam sido gravadas por outros artistas pouco tempo antes. Entre as duas faixas bônus em português, a versão “Super-herói” com vocais de Junior, como já havia virado costume. Curiosamente, umas das melhores canções em inglês acabou de fora da versão nacional do disco. “Until I See You Again”, </span><span face=""trebuchet ms" , sans-serif" style="white-space: pre-wrap;">assim como as versões em inglês de “A Lenda” e “As Quatro Estações”,</span><span face=""trebuchet ms" , sans-serif" style="white-space: pre-wrap;"> só entraram como extra no disco duplo seguinte “Ao Vivo no Maracanã + Internacional Extras”.</span><br />
<span face=""trebuchet ms" , sans-serif" style="white-space: pre-wrap;"><br /></span>
<span face=""trebuchet ms" , sans-serif" style="white-space: pre-wrap;">Registrado em DVD e lançado no mesmo ano do disco "Internacional", o show no Maracanã os sagrou para a posteridade como os primeiros artistas nacionais a lotar o estádio brasileiro. O álbum foi lançado em versão dupla, contendo as canções que ficaram de fora do disco "Internacional" e as versões que foram lançadas em outros países. </span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.2; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;">
<span face=""trebuchet ms" , sans-serif" style="white-space: pre-wrap;"><br /></span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.2; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;">
<span face=""trebuchet ms" , sans-serif" style="white-space: pre-wrap;"><b>Maior autonomia</b></span><br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEig_FGUmczZ5r0CTDmVp9kGqEhYaHoZczHLum6f3xlwM8GYSmYoz0g6wyp4he1cQ8u8jlw5L2SnK1ca6FDuQezHIi-58NwWsu3yczlj4R0cfJsUoKHfTFVAXg78keswbXaFI6jtQ8JQ6Zg/s1600/acquaria-G-COLLAGE.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><span face=""trebuchet ms" , sans-serif"><img border="0" data-original-height="514" data-original-width="514" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEig_FGUmczZ5r0CTDmVp9kGqEhYaHoZczHLum6f3xlwM8GYSmYoz0g6wyp4he1cQ8u8jlw5L2SnK1ca6FDuQezHIi-58NwWsu3yczlj4R0cfJsUoKHfTFVAXg78keswbXaFI6jtQ8JQ6Zg/s320/acquaria-G-COLLAGE.jpg" width="320" /></span></a></div>
<span face=""trebuchet ms" , sans-serif" style="white-space: pre-wrap;">Esgotados com o excesso de trabalho do ano anterior, a dupla decide não dar continuidade à carreira internacional, bem como não renovar o seriado com a Rede Globo, após quatro anos, e optam pela gravação do filme “Acquária”. Apesar de bem produzido, o roteiro deixou um pouco a desejar. A canção-tema do filme, “Encanto”, foi a primeira a promover o novo disco “Identidade”, que mostrava os irmãos bem mais à vontade na produção, composição e seleção do repertório. “Desperdiçou” virou chiclete, seguida de “Nada Vai Me Sufocar” e “Você Pra Sempre”.</span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.2; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;">
<span face=""trebuchet ms" , sans-serif" style="white-space: pre-wrap;"><br /></span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.2; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;">
<span face=""trebuchet ms" , sans-serif" style="white-space: pre-wrap;">Depois de 13 anos lançando ao menos um disco por ano, eles finalmente se dão ao luxo de trabalhar com maior tranquilidade na produção de um novo álbum, ficando dois anos sem lançar nada. O disco homônimo lançado em seguida mostra um grande amadurecimento musical da dupla, trabalhando as canções mais artisticamente e com menos apelo popular. Talvez por isso seja o “menos queridinho” dos fãs, embora o material seja de excelente qualidade. “Replay”, com uma pegada mais popular, foi a que mais fisgou, seguida da balada “Estranho Jeito de Amar”. Destaque também para “Discutível Perfeição”, em que Sandy “chuta o balde” contra o rótulo de santinha.</span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.2; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;">
<span face=""trebuchet ms" , sans-serif" style="white-space: pre-wrap;"><br /></span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.2; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;">
<span face=""trebuchet ms" , sans-serif" style="white-space: pre-wrap;">Menos populares do que quando “As Quatro Estações” estourou, mas ainda sinônimo de sucesso, eles decidem se separar e gravam o último álbum de despedida, após 17 incríveis e bem sucedidos anos de carreira. O que também explica o fenômeno em 2019. Eles não saíram no auge, mas um pouquinho depois, deixando a sensação de que ainda tinham o que oferecer. E por que outros artistas mirins não conseguiram os mesmos intentos? Talvez decisões equivocadas em algum momento, erro de seleção de repertório, ausência de uma boa música que ultrapassasse o sucesso anterior. Sandy e Junior foram muito bem assessorados desde o início, tiveram sempre ótimas inovações no repertório, souberam usar bem as versões de músicas internacionais e aproveitar as oportunidades que surgiram, como os programas de TV e filmes, além, claro, de sempre terem sido extremamente competentes e profissionais com o trabalho que faziam. Merecem o sucesso e o reconhecimento que estão tendo com a turnê “Nossa História”.</span></div>
Samuel Diashttp://www.blogger.com/profile/09565385863694310353noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-5754297382391073584.post-57501959664978583952018-02-16T18:14:00.000-02:002018-03-04T12:39:37.422-03:00Beatles: álbuns preferidos<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Enumerar os melhores álbuns dos
Beatles não é uma tarefa fácil, embora já haja certo consenso em relação a
alguns discos e a própria crítica especializada já tenha apontado diversas vezes os melhores de
todos, mesmo que ela tenha mudado o ranking algumas vezes ao longo dos anos.
Entretanto, minha tarefa aqui é mais simples. Eu vou listar não os melhores álbuns
em termos de produção técnica, engenharia, <i>know
how</i>, mas sim as canções e a sonoridade dos Beatles que chegam primeiro ao
coração desse beatlemaníaco aqui. E mesmo que a qualidade técnica influencie em
determinados pontos, é a melodia, a harmonia e até mesmo a letra que estão contando
ao final. Já vi muitas listas de melhores álbuns dos Beatles, mas nenhuma delas
condizia exatamente com a minha. Encontro sempre algumas semelhanças em determinadas posições, mas há também muitas surpresas com a colocação de alguns álbuns. Então resolvi postar a minha também. Deixando claro
que essa seleção é pessoal e não se baseia nas especificações e evoluções técnicas de cada disco. Se assim o fosse o ranking seria outro. É apenas a sequência de um apaixonado pelas canções da mais bem sucedida banda
de rock de todos os tempos. <i>Come together</i>!<b><o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
13º. Yellow Submarine</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgqb-XnGFi8ynnW6DzHT7m5D9sl7NU74cFEwdQ7Jq9CYY3tmF5R2dydROoANvRdmTv2VJNk9K2q4w8tMaxqsPrDj0_ndvBWZji7WMU0-NulT9rsjiGd4er4DKCpLaueWuu-PgXACgFuPVo/s1600/Beatles+11.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="721" data-original-width="721" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgqb-XnGFi8ynnW6DzHT7m5D9sl7NU74cFEwdQ7Jq9CYY3tmF5R2dydROoANvRdmTv2VJNk9K2q4w8tMaxqsPrDj0_ndvBWZji7WMU0-NulT9rsjiGd4er4DKCpLaueWuu-PgXACgFuPVo/s200/Beatles+11.jpg" width="200" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Lançado em 1969 como parte da
trilha sonora do filme de mesmo nome, o 11º álbum dos Beatles não tem muito o
que oferecer. Na verdade ele é mais trilha do filme do que propriamente disco dos Beatles. Duas de suas canções já estavam presentes em outros álbuns: <i><span lang="EN-US">Yellow Submarine</span></i><span lang="EN-US"> </span>em <span lang="EN-US">Revolver e <i>All You Need is Love</i> </span>em <span lang="EN-US">Magical Mystery
Tour. </span>Das inéditas, não há uma música forte ou significativa
o suficiente para marcar o álbum. Particularmente eu gosto de <i>Hey Bulldog</i> e <i>Only a Northern Song</i>. As canções
instrumentais de George Martin são até interessantes como parte da trilha do
filme, mas não são música Beatles. Por isso tudo, esse disco fica na minha última posição.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
12º. Beatles For Sale<br />
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<div style="text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEit5rosHMv4O75Y2lHhUdETuNQebxcyaoMakLrbu7xAxFTdvAo91d59bjPTdaNYRbFxCSWaQfiC1Icipze3XceNh4gw3W1pVBvEiJnhFPjmcN2L-rK1-XuB_i1zebCYKekOSwGJY1JaK5g/s1600/Beatles+4.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; display: inline !important; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em; text-align: left;"><img border="0" data-original-height="721" data-original-width="721" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEit5rosHMv4O75Y2lHhUdETuNQebxcyaoMakLrbu7xAxFTdvAo91d59bjPTdaNYRbFxCSWaQfiC1Icipze3XceNh4gw3W1pVBvEiJnhFPjmcN2L-rK1-XuB_i1zebCYKekOSwGJY1JaK5g/s200/Beatles+4.jpg" width="200" /></a></div>
</div>
<div style="text-align: left;">
<div style="text-align: left;">
<span style="text-align: justify;">Quarto álbum dos Beatles, lançado
no final de 1964. Não é um disco muito forte, e acredito que isso é quase
unanimidade. Eu gosto de </span><i style="text-align: justify;">No Reply</i><span style="text-align: justify;">,</span><i style="text-align: justify;"> Baby’s in Black,</i><span style="text-align: justify;"> </span><i style="text-align: justify;">I’ll Follow the Sun </i><span style="text-align: justify;">e </span><i style="text-align: justify;">What You're Doing</i><span style="text-align: justify;">, mas no geral não há nada muito marcante. Vindo depois do estrondoso sucesso que foi A Hard Day's Night, e com a cruel missão de substituí-lo, esse álbum decepcionou um pouco por voltar a utilizar covers em grande quantidade para fechar o repertório, uma prova de como era grande a pressão mercadológica para produzir novos discos em um curto espaço de tempo, resultando em trabalhos não tão bem elaborados. Lembrando ainda a rotina extremamente estafante em que a banda se encontrava na época, o que gerou uma certa estagnação na produção dos novos trabalhos.</span><span style="text-align: justify;"></span></div>
</div>
<div style="text-align: left;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<div style="text-align: left;">
11º. Please Please Me<o:p></o:p></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg0NMfrsZcWenCqZjpoHE1OTXJCBA1AFMzkNtAHNYz8oogmnq2Qaofgt8suEnKS3DDENDfgbRaESonfUubEZC7o6zBxNU8lp7R72dfk1Bdp9KYax4NwYWuadNx6hT_Jr1ujN-lBykm41yQ/s1600/Beatles+1.bmp" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="701" data-original-width="707" height="198" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg0NMfrsZcWenCqZjpoHE1OTXJCBA1AFMzkNtAHNYz8oogmnq2Qaofgt8suEnKS3DDENDfgbRaESonfUubEZC7o6zBxNU8lp7R72dfk1Bdp9KYax4NwYWuadNx6hT_Jr1ujN-lBykm41yQ/s200/Beatles+1.bmp" width="200" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Álbum de estreia dos Beatles em
1963. Disco bom e importante por nos apresentar os meninos de Liverpool, com as
clássicas <i>Love Me Do</i>,<i> P.S. I Love You</i>, <i>I Saw Her Standing There </i>e <i>Twist and Shout</i>. Gravado todo numa única cansativa e esgotante sessão. Mesmo com seis covers no repertório, o álbum flui bem, e diferente de Beatles For Sale, funciona perfeitamente, conseguindo deixar sua marca até nas canções não originais. Contudo, diante da grandiosidade que veio depois,
ele fica aqui na 11ª colocação.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br />
<br />
<div style="text-align: left;">
10º. With The Beatles<o:p></o:p></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhgnzH5WHwGnXsvfC_OFDBz9J28N5nxDkwQXFerOe0x0m-p4of9KbNRrCyD3RyGOsu1MGwZ7l-bh3sW3o9X-UXz8q5LHdsqRJacJys0pRRO5ydDjijywbQsKS2LOfE3sI1eCjmY_sf7FtA/s1600/Beatles+2.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="721" data-original-width="721" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhgnzH5WHwGnXsvfC_OFDBz9J28N5nxDkwQXFerOe0x0m-p4of9KbNRrCyD3RyGOsu1MGwZ7l-bh3sW3o9X-UXz8q5LHdsqRJacJys0pRRO5ydDjijywbQsKS2LOfE3sI1eCjmY_sf7FtA/s200/Beatles+2.jpg" width="200" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Segundo álbum dos Beatles,
lançado também em 1963. Melhor que o anterior em elaboração e composições, mostrando o primeiro salto rumo à constante evolução da banda. Com seis covers também que se somam harmoniosamente às canções originais. Tem também a primeira contribuição de George na banda com <i>Don't Bother Me. </i>Entre as minhas favoritas estão <i>All My Loving</i>,<i> It Won’t Be Long</i>, <i>All I’ve
Got To Do </i>e <i>Hold Me Tight</i>.<br />
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br />
<br />
<br />
<div style="text-align: left;">
9º. A Hard Day’s Night</div>
<div style="text-align: left;">
<o:p></o:p></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhqpxoBfp1qHP14n9iT8uD07C_FBKMs6TbtDq1lCgT5NvlZcHnHx33gYK-cRiIb_UTg_UtpecR5l_0FAAXRZYLgFtHWbOqG1lx1ZbaJAB1NatBcYpHPW_RgaLjrUGAaQ6i_lcoNwoBiWV8/s1600/Beatles+3.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="721" data-original-width="721" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhqpxoBfp1qHP14n9iT8uD07C_FBKMs6TbtDq1lCgT5NvlZcHnHx33gYK-cRiIb_UTg_UtpecR5l_0FAAXRZYLgFtHWbOqG1lx1ZbaJAB1NatBcYpHPW_RgaLjrUGAaQ6i_lcoNwoBiWV8/s200/Beatles+3.jpg" width="200" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Terceiro álbum dos Beatles,
lançado em 1964, junto com o filme homônimo. Primeiro disco a conter unicamente composições próprias dos Beatles e o único a ter apenas composições de Lennon e McCartney. Um dos mais bem sucedidos álbuns da banda. Foi o disco que me apresentou aos
Beatles e pelo qual tenho um carinho especial. Entretanto, apesar de ter
canções que considero maravilhosas como <i>And
I Love Her</i>,<i> I Should Have Know Better</i>,<i> If I Feel </i>e a canção-título, a segunda
parte do disco já não me empolga tanto mais.<br />
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br />
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
8º. Help!<o:p></o:p></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiEXIz2wBkPlQKjjSJX7sBvCcBQv1qWuYBgNm2yr7pQ8LTN-vfAoQWfoPIBH0coBgU-1H8EbLwqcfUKgZPIVXDPFLXxyyZl-Pots0ySRfSL1xfALZTIkkZbBQNmOH3voCQ92tg_0s2HdKs/s1600/Beatles+5.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1001" data-original-width="1024" height="195" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiEXIz2wBkPlQKjjSJX7sBvCcBQv1qWuYBgNm2yr7pQ8LTN-vfAoQWfoPIBH0coBgU-1H8EbLwqcfUKgZPIVXDPFLXxyyZl-Pots0ySRfSL1xfALZTIkkZbBQNmOH3voCQ92tg_0s2HdKs/s200/Beatles+5.jpg" width="200" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Quinto álbum dos Beatles, lançado
em 1965, junto com o filme homônimo também. Com apenas dois covers e a inclusão da consagrada <i>Yesterday</i>, que quase não entrou na seleção por destoar do perfil do disco, foi outro grande sucesso, repetindo a fórmula de A Hard Day's Night. Além do tema principal, as
canções <i>The Night Before</i>,<i> Ticket To Ride</i>,<i> You Like Me Too Much</i>,<i> Tell
Me What You See </i>e<i> I’ve Just Seen a
Face</i> são as minhas favoritas.<br />
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br />
<br />
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="text-align: left;">7º. Let It Be</span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<div style="text-align: left;">
<o:p></o:p></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEibzVlmDZrE9N3x_sipXFf5a6cT0dK6XV-hFQost329PGiXHRHBJmcKoDdsmpJJONTZhkCiqNxSTA9kW8kPOa8I-OR7ZjoJbvL-HH2zMT7F33GmBaL1OCvQryH-IGKcyjKKJadeFB-KCgw/s1600/The+Beatles1b.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="510" data-original-width="1024" height="194" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEibzVlmDZrE9N3x_sipXFf5a6cT0dK6XV-hFQost329PGiXHRHBJmcKoDdsmpJJONTZhkCiqNxSTA9kW8kPOa8I-OR7ZjoJbvL-HH2zMT7F33GmBaL1OCvQryH-IGKcyjKKJadeFB-KCgw/s400/The+Beatles1b.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<div style="text-align: justify;">
Último álbum dos Beatles,
penúltimo gravado, lançado em 1970. Acrescento aqui também a versão <i>Naked</i>, lançada em 2003. Sei que haverá gente a questionar Let It Be na frente de outros álbuns de sucesso, afinal ele foi
um disco atrapalhado, lançado sem muito capricho, com o material do fracassado
projeto “Get Back”. Ainda assim, deixando de lado os detalhes técnicos, e analisando especificamente a sonoridade das músicas, é um disco que me agrada muito. Adoro <i>I’ve Got a Feeling</i>,<i> Dig a Pony</i>,<i> For You Blue</i>,<i> I Me Mine </i>e <i>Across the Universe</i> (a versão <i>Naked</i>
é melhor, menos arrastada). Sinto falta de <i>Don’t
Let Me Down</i>, mas ela está presente em <i>Naked</i>.
<i>The Long And Winding Road</i> também é
melhor na versão de 2003, Paul estava certo.<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; text-align: left;">6º. Magical Mystery Tour</span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-weight: 400; letter-spacing: normal; text-align: justify; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; word-spacing: 0px;">
<div class="MsoNormal" style="font-style: normal; text-align: center;">
<div style="text-align: left;">
<div style="margin: 0px;">
<span style="font-family: inherit;"><o:p></o:p></span></div>
</div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="font-style: normal; text-align: center;">
<div style="margin: 0px;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
</div>
<div class="separator" style="clear: both; font-style: normal; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhMprW2cnuTPqieda7ScDELrxKLPo9Gkev6V-RlPGHTVynTddh9s-6UGqwfPrenA6bTD4Dz366OG6csgEU4ruOmeWW5T_Qq3rDN32YzBDt2Tynqoz6uHJY4ywm1iLkFpo0Ub2kX7HIbhzQ/s1600/Beatles+9.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: inherit;"><img border="0" data-original-height="721" data-original-width="721" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhMprW2cnuTPqieda7ScDELrxKLPo9Gkev6V-RlPGHTVynTddh9s-6UGqwfPrenA6bTD4Dz366OG6csgEU4ruOmeWW5T_Qq3rDN32YzBDt2Tynqoz6uHJY4ywm1iLkFpo0Ub2kX7HIbhzQ/s200/Beatles+9.jpg" style="cursor: move;" width="200" /></span></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<div style="text-align: justify;">
<div style="margin: 0px;">
<span style="color: #444444;">Nono álbum dos Beatles, lançado no final de 1967, como trilha-sonora do desastroso filme homônimo. Apenas as músicas do filme - lançadas como EP no Reino Unido na época - já fariam esse disco ser muito bom, <i>I Am The Walrus</i>,<i style="font-style: normal;"> </i><i>The Fool On The Hill</i><i style="font-style: normal;"> </i>e <i>Flying </i>são ótimas, mas a versão americana acrescentando os compactos da banda daquele ano conseguiu deixá-lo melhor ainda. A presença de <i>Strawberry Fields Forever</i><i style="font-style: normal;">, </i>que<i style="font-style: normal;"> </i>fez falta em Sgt. Peppers, atesta a colocação tão boa desse álbum. A única música que não curto muito no disco é <i>Hello, Goodbye</i>, embora seja uma canção muito famosa dos Beatles, ela não me empolga muito. Já <i>Baby, You're a Rich Man</i> eu tenho um verdadeiro fascínio.</span></div>
</div>
</div>
</div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<div style="text-align: left;">
5º. Rubber Soul<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<div style="text-align: left;">
<o:p></o:p></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEizRbgWO4jkI058enMfaxnE0pFtm19EhCKn4DNdPRzn1PoYcvIjcndvXnRO_Oa79e1P5dY33OpAulO1Fp91Fb40rLBkPkmm5-DxWEDMKxE2yri0U8MoFfnTa9R_wdibk9c5UKYxypjWLH8/s1600/Beatles+6.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="721" data-original-width="721" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEizRbgWO4jkI058enMfaxnE0pFtm19EhCKn4DNdPRzn1PoYcvIjcndvXnRO_Oa79e1P5dY33OpAulO1Fp91Fb40rLBkPkmm5-DxWEDMKxE2yri0U8MoFfnTa9R_wdibk9c5UKYxypjWLH8/s200/Beatles+6.jpg" width="200" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<div style="text-align: justify;">
Sexto álbum dos Beatles, lançado no final de 1965. Rubber Soul começa a sinalizar a mudança na direção do estilo musical dos Beatles e suas novas influências. Por muito tempo figurou entre um dos meus três prediletos. Há sempre uma disputa entre Rubber Soul e Revolver sobre qual seria o melhor disco, com o último quase sempre levando a melhor. O fato é que ambos são maravilhosos, e frequentemente os dois estão trocando de posição no meu ranking. Adoro <i>Girl</i>, <i>Drive My Car</i>,<i> You Won’t See Me</i>,<i> </i><i>Think For Yourself</i>,<i> </i><i>Wait </i>e <i>If I Needed Someone. </i>Sou apaixonado por <i>In My Life,</i> só não curto muito <i>Michelle</i>, me soa um pouco açucarada demais.<br />
<br /></div>
</div>
<br />
4º. Revolver</div>
</div>
</div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<div style="text-align: left;">
<o:p></o:p></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgmV4qWwQAaQzymxT7wj7OqKlBz980o5bYE1OkPRJMKBGGFV38iLN2s7pN9GiWVtmG1vJ66lsnVngCaZLWFWY1C-UFkt0OEmA9E0wcmIqXBpLKO8mZuTgjlCJI2sKnQEhKDzrTd_3jz5lg/s1600/Beatles+7.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="558" data-original-width="567" height="196" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgmV4qWwQAaQzymxT7wj7OqKlBz980o5bYE1OkPRJMKBGGFV38iLN2s7pN9GiWVtmG1vJ66lsnVngCaZLWFWY1C-UFkt0OEmA9E0wcmIqXBpLKO8mZuTgjlCJI2sKnQEhKDzrTd_3jz5lg/s200/Beatles+7.jpg" width="200" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Sétimo álbum dos Beatles, lançado
em 1966. Predileto de muitos e sempre queridinho, Revolver é recheado de boas canções. <i>Taxman</i>,<i> Eleanor Rigby</i>,<i> I’m Only Sleeping</i>,<i> Love You To</i>,<i> She Said She
Said</i>,<i> And Your Bird Can Sing</i>,<i> Got to Get You into My Life </i>e <i>Tomorrow Never Knows</i> são as minhas
preferidas. Nem é preciso dizer que esse disco foi inovador e marcou
definitivamente a mudança da fase beatlemania para uma era de musicalidade mais
madura da banda.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<div style="text-align: left;">
<br />
3º. Sgt. Peppers Lonely Hearts
Club Band</div>
</div>
<div style="text-align: left;">
<o:p></o:p></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh8t9qXnasGP7H12NwAnRD_fFvMRD8DcC5uzDf3h-IQWbCWsbWTKtVcS7jRrHRULkDXVB8zGvrakBdxJ-QulvTWlddHbaKrFO6H6ZDM6NrP8hOdzviCjXwrW7OzfiszdZNl4C8ToSr2VFc/s1600/sgt_peppers.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="600" data-original-width="600" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh8t9qXnasGP7H12NwAnRD_fFvMRD8DcC5uzDf3h-IQWbCWsbWTKtVcS7jRrHRULkDXVB8zGvrakBdxJ-QulvTWlddHbaKrFO6H6ZDM6NrP8hOdzviCjXwrW7OzfiszdZNl4C8ToSr2VFc/s200/sgt_peppers.jpg" width="200" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Oitavo álbum dos Beatles, lançado
em 1967. Aclamado mundialmente pela crítica e considerado o melhor disco da
banda. Realmente ele é tudo isso. Mas quando se discute favoritismo, cada um sabe
do seu e não há o que discutir. Por isso, Sgt.
Peppers fica ainda na terceira posição dos meus discos preferidos. Gosto
de todas as músicas do álbum e considero <i>A
Day in the Life</i>, senão a mais, uma das mais bonitas músicas dos Beatles.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br />
<br />
<br />
<div style="text-align: left;">
2º. The Beatles (White Album ou
Álbum Branco)</div>
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgUzur3qsnL_uukQPmZNeoI4_LyqqheAqpFZETIEvr5o9_RJGHuX_aHa-WFzcaL1AZnKL2BE2hutk-DvX9pXjLidBmGG-lFJ32M4uWYRhYvBI_gwxphQu67UY8sQba2fsDUQqkn1xSf4-A/s1600/The_Beatles+10-002.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1022" data-original-width="1022" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgUzur3qsnL_uukQPmZNeoI4_LyqqheAqpFZETIEvr5o9_RJGHuX_aHa-WFzcaL1AZnKL2BE2hutk-DvX9pXjLidBmGG-lFJ32M4uWYRhYvBI_gwxphQu67UY8sQba2fsDUQqkn1xSf4-A/s200/The_Beatles+10-002.jpg" width="200" /></a>Décimo álbum dos Beatles, lançado
em 1968. Único álbum duplo da banda. Aparte os atritos dos integrantes na
produção do disco, resultando num trabalho que captura nitidamente o estilo musical de cada um, o Álbum Branco reúne 30 canções numa diversidade de sons e ritmos
que faz desse disco tão especial e o meu segundo preferido. Gosto
principalmente das composições de John: <i>Happiness
Is a Warm Gun</i>, <i>Dear Prudence</i>, <i>Sexy Sadie</i>,<i> Everybody's Got
Something to Hide Except Me and My Monkey</i>, <i>Revolution 1</i>,
<i>I’m So Tired </i>e <i>Julia</i>. De Paul: <i>Why Don’t We
Do It in the Road?</i>, <i>Mother Nature’s Son </i>e <i>Helter Skelter</i>. E ainda as de George: <i>Savoy Truffle</i>, <i>Long Long Long
</i>e <i>While My Guitar Gently Weeps</i>, disparada
de longe a melhor canção do disco.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<div style="text-align: left;">
1º. Abbey Road<o:p></o:p></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEinGrDIbvUq44-HsOhY_zNvQmChu_0-FVuVDPLWuGUz8HKUkAmaAdsR1WP881Zdf3rMaWwGSZ9EiLteXFeFTrQSswMYZicfki7J9F4Fr_azk4yTDxG09LD-s0MxEO5bBKTc1nBu29zfGUU/s1600/Beatles+12.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="721" data-original-width="721" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEinGrDIbvUq44-HsOhY_zNvQmChu_0-FVuVDPLWuGUz8HKUkAmaAdsR1WP881Zdf3rMaWwGSZ9EiLteXFeFTrQSswMYZicfki7J9F4Fr_azk4yTDxG09LD-s0MxEO5bBKTc1nBu29zfGUU/s200/Beatles+12.jpg" width="200" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<div style="text-align: justify;">
Décimo segundo álbum dos Beatles,
lançado em 1969. O último disco gravado. Em Abbey Road eu gosto de tudo, das
canções à capa e contracapa do disco, pra mim a mais bonita de todas.
<i>Come Together, Something, Here Comes The
Sun, Because, I Want You, Oh! Darling </i>são todas fabulosas. Na segunda parte do disco temos uma obra-prima de Paul. As duas sequências de medleys desde <i>Sun King </i>a <i>She Came in Through the Bathroom Window</i>, e de <i>Golden Slumbers </i>a <i>The End </i>são<i> </i>de uma grandiosidade musical sem comparação. A meu ver a melhor contribuição de Paul na
banda, ou a que mais me agrada. E a frase final, depois do incrível solo de
bateria de Ringo - como John já disse - <span style="background: white; mso-bidi-font-family: Arial; mso-bidi-font-style: italic;">carrega uma filosofia cósmica que continua
ecoando após os últimos acordes do álbum</span>. Abbey Road é um diamante perfeitamente lapidado!</div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br />
<div style="text-align: center;">
“...<i>and in the end,</i> <i>the love you take is equal to the love you make.”</i></div>
</div>
Samuel Diashttp://www.blogger.com/profile/09565385863694310353noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5754297382391073584.post-51467486563614341982016-10-20T14:37:00.000-02:002016-10-20T14:46:18.569-02:00O Golpe se prepara para o Grand Finale<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjvBbghFQZIZYdKEq1OlROLtNtchhr5829jJLAyQAvQHRogojNNrHYAVRCyRBACBDmFdpZp-1Amh127suzmWomlhglUi15tPqzPa4FAcoDzOfcy7OvTHmpgRgYeJq7AAYUzCfMJhDO3E4U/s1600/auto_lila114.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="238" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjvBbghFQZIZYdKEq1OlROLtNtchhr5829jJLAyQAvQHRogojNNrHYAVRCyRBACBDmFdpZp-1Amh127suzmWomlhglUi15tPqzPa4FAcoDzOfcy7OvTHmpgRgYeJq7AAYUzCfMJhDO3E4U/s400/auto_lila114.jpg" width="400" /></a></div>
<div style="background-color: white; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px; text-align: justify;">
<span style="color: #666666; font-family: inherit;">É, meus amigos, tempos difíceis se aproximam. A nuvem sombria que ronda Brasília começa a se espalhar para cobrir o país. As forças sinistras que se uniram no enorme pacto nacional com o único objetivo de subir ao poder a todo custo, após as eleições de 2014, começam a concretizar de fato seus propósitos.</span><br />
<span style="color: #666666;"><span style="color: #444444; font-family: inherit;"><br /></span>
<span style="color: #444444; font-family: inherit;">Derrotados, inconformados, revoltados, acuados e sem vislumbre de alcançar tão cedo seus interesses, o PSDB e aliados somaram forças com a elite (da qual fazem parte), com a grande mídia, com empresários brasileiros e investidores estrangeiros, aproveitaram-se da parcela da população insatisfeita com a corrupção e com o PT (amplamente massacrado como vilão de toda história), e articularam, juntamente com os congressistas sujos de escândalos de corrupção, e o próprio judiciário (para simular legalidade em toda ação), o Grande Golpe contra a democracia e o povo brasileiro.</span></span><br />
<span style="color: #666666;"><span style="color: #444444; font-family: inherit;"><br /></span>
<span style="color: #444444; font-family: inherit;">Depois de retirar Dilma da presidência, através de um argumento totalmente infundado, e de simular um governo legítimo com o infiel Temer, agora a orquestrada prisão de Eduardo Cunha prepara os próximos passos do plano inicial. A tão afamada delação de Cunha não irá prejudicar nenhum tucano (amparados por Sérgio Moro), mas servirá de justificativa para a retirada de Temer do poder - novamente encenando "a luta contra a corrupção" -, e para a prisão de Lula, o maior empecilho e receio dos tucanos para as próximas eleições.</span></span><br />
<span style="color: #666666;"><span style="color: #444444; font-family: inherit;"><br /></span>
<span style="color: #444444; font-family: inherit;">Com Lula preso e Temer afastado antes das eleições, acontece a tal eleição indireta, a "menina dos olhos do Congresso", e puf, o PSDB sobe ao palanque, quem sabe o próprio Aécio. Golpe realizado com sucesso. Os derrotados de 2014 chegam ao poder a todo custo, como planejaram, e dão seguimento ao desmonte do Estado, já iniciado por Temer. Privatizações, estado menor, menos saúde, menos educação, mais lucros a banqueiros e grandes empresários, retrocesso de leis trabalhistas não visto há um século, mais pobres, menos ricos, mais miséria, corrupção, mais abismo social.</span></span><br />
<span style="color: #666666;"><span style="color: #444444; font-family: inherit;"><br /></span>
<span style="color: #444444; font-family: inherit;">Tudo isso tem que ser encaminhado e posto em prática até 2018, para o caso hipotético de Lula conseguir se candidatar e se reeleger (apesar de todos os esforços contrários), e o PSDB não conseguir se manter no governo. Esse é na verdade o grande desafio dos articuladores do golpe. Eles sabem que a única chance de saírem vitoriosos nas próximas eleições é impedindo a candidatura de Lula. Por isso a perseguição a ele e ao PT é uma das metas principais do golpe. Afinal, eles não querem apenas os próximos dois anos, querem a perpetuação no poder, a eternidade de desmandos e interesses seletivos.</span></span><br />
<span style="color: #666666;"><span style="background-color: transparent; font-family: inherit;"><br /></span>
<span style="background-color: transparent; font-family: inherit;">E nós, o que fazemos? Assistimos a tudo de camarote, aplaudindo e celebrando as migalhas de conquistas cenicamente arquitetadas para distrair e dar seguimento às ações camufladamente golpistas? Engolindo a seco as medidas descabidas de uma plataforma de governo rejeitada nas urnas, de um poder que não dialoga com o povo, que não escuta quem ele representa, que não tem a menor intenção de reduzir a corrupção, e sim institucionalizá-la? É preciso ir à luta! Resistir! </span><span style="background-color: transparent; font-family: inherit; line-height: 107%;">Reforma política já! Essa é a principal mudança de que
o país necessita. </span><span style="background-color: transparent; font-family: inherit;">É preciso brigar pelos direitos de todos, pela nossa democracia, por uma pátria mais justa e humanitária. É hora de agarrar - nem que seja com os dentes -, a chance de um futuro mais digno para todos.</span></span></div>
Samuel Diashttp://www.blogger.com/profile/09565385863694310353noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5754297382391073584.post-27821035776802849492014-12-31T16:54:00.000-02:002015-01-02T11:25:33.702-02:00Um 2015 mais molhado!<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi6t0QZBMNipEFXG6FXu9XkcCQZwDcgD-vU4ypUH5z0f1BFh3LM_xDrwJTfG66Y5ABMCzywbCTEW0J_21BD2bs6uMkl3HzHOBoN4o7iUZ79TDi5cBqKRjfR9Xn4w6-qvXetlKiG0FkhElo/s1600/chuva-nas-flores_6406_1600x1200+(1)-001.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi6t0QZBMNipEFXG6FXu9XkcCQZwDcgD-vU4ypUH5z0f1BFh3LM_xDrwJTfG66Y5ABMCzywbCTEW0J_21BD2bs6uMkl3HzHOBoN4o7iUZ79TDi5cBqKRjfR9Xn4w6-qvXetlKiG0FkhElo/s1600/chuva-nas-flores_6406_1600x1200+(1)-001.jpg" height="300" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
Último dia do ano. Contagem regressiva para 2015 e hora de contabilizar os ganhos e perdas do ano que termina. Dentro de poucas horas um novo ciclo tem início e 365 novos desafios nos aguardam nessas próximas páginas que escreveremos. 2014 - assim como imaginei na virada de 2013 -, foi um ano de ganhos para mim. Desde seu início obtive grandes bênçãos. Saí de uma fase de recessão e voltei a caminhar com minhas próprias pernas. Aprendi a conduzir o banco do motorista e conquistei minha habilitação. Mudei de cidade. Conheci pessoas novas e fiz novas amizades. Passei a ganhar finalmente o meu dinheiro. Vi minha prima de longas datas dar um passo a mais em sua vida e senti a emoção de ver aquela garotinha que dançava lambada comigo 20 anos atrás subir ao altar e dizer "sim" para um novo futuro. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Na família continuamos unidos, com saúde, felizes e cheios de esperança. Esperança em um amanhã cada vez melhor, com mais harmonia, solidariedade e principalmente amor em todos os corações. Mas além disso tudo, que 2015 nos traga algo que faltou em 2014: água. Que a fonte da vida retorne aos córregos, rios, riachos, açudes, barragens, que possamos ter um 2015 molhado de chuva e água em abundância. É triste terminar 2014 e perceber que uma crise geral de falta d'água tomou conta do país. Triste saber que o açude, que mais me parecia um oceano e muito me banhei na infância, hoje é um lago de terra seca e capim. Que a atmosfera nos presenteie e os céus nos abençoem com muitas perspectivas de chuva em 2015 e que saibamos cuidar e preservar esse bem tão essencial a toda humanidade.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Que a água venha e volte a brotar nas nascentes, a encher os rios, a escorrer pelas bicas, a molhar o pasto, a saciar o gado, a fortificar as lavouras, a irrigar as plantações, a desabrochar as flores, a germinar a terra, a renovar a vida. Que venha 2015, e que ele nos livre desse mundo vazio e estéril que começa de fato a nos ameaçar. Um 2015 mais molhado a todos nós! Merecemos.</div>
Samuel Diashttp://www.blogger.com/profile/09565385863694310353noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-5754297382391073584.post-18900435373774331352014-12-29T19:13:00.001-02:002015-01-02T19:03:00.590-02:00Pra reinar de novo<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjxrk87OFsp5mB7RnsilI_ofjXZ-AC0sKfw_S25N5vTFj8iClsp1moORAL5FmIa4HpXbxWQwSBcsbXaCrdAuBgeyTMGTAvIo5OEsJHsNAd1tXj9lPtZgm8WX0EY039dI7trkueGA-P27Eo/s1600/gado1.png" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjxrk87OFsp5mB7RnsilI_ofjXZ-AC0sKfw_S25N5vTFj8iClsp1moORAL5FmIa4HpXbxWQwSBcsbXaCrdAuBgeyTMGTAvIo5OEsJHsNAd1tXj9lPtZgm8WX0EY039dI7trkueGA-P27Eo/s1600/gado1.png" height="307" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
E <i>O Rei do Gado</i> está de volta. Em sua segunda exibição no <i>Vale a Pena Ver de Novo</i> e quarta transmissão no país, contando a original em 1996 e a do <i>Canal Viva</i> em 2011. Como comemoração aos 50 anos da <i>Rede Globo</i>, eu não vejo melhor opção a ser eleita para tal ocasião. Um dos maiores êxitos da nossa teledramaturgia, recordista de audiência à época, <i>O Rei do Gado </i>continua a ser sinônimo de sucesso. Ela representa uma era ouro das nossas produções dramatúrgicas, não se encontrando lá nos primórdios da emissora, nas saudosas obras da era Janete Clair, nem nas atuais fases de vacas magras das recentes produções. Ela marca uma fase de grande amadurecimento das nossas telenovelas, com textos mais densos, histórias envolventes e surpreendentes, quando autores ousavam e abusavam da criatividade.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Dos trabalhos de Benedito Ruy Barbosa - dos quais tenho conhecimento -, considero a saga das famílias Berdinazi e Mezenga a obra-prima da sua carreira. Apaixonado pelo universo rural e construtor de personagens fortes, de personalidade marcante, Benedito conseguiu através da rixa das duas famílias e do romance proibido de <i>Giovana</i> e <i>Henrico</i> - que atravessou geração e renasceu em <i>Bruno</i> e <i>Luana</i> -, fascinar o país e falar da terra, a grande protagonista de toda a novela. Foi pela disputa por um pedaço de chão entre as terras de <i>Antônio Mezenga</i> e <i>Giuseppe Berdinazi</i> que surgiu todo o ódio entre as duas famílias. Foi a terra que produziu os quatro milhões de pés de café e enricou o velho <i>Geremias</i>. A mesma terra que <i>Bruno Mezenga</i> precisava de pastagem para seu gado, e que <i>Regino</i> tanto sonhava dividida entre seu povo do Movimento dos Sem Terra, sem nenhum pedaço de chão .</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Ao abordar a luta do MST de maneira pacífica, humanizada, Benedito conseguiu fazer o país enxergar a questão com uma maior identificação. Jogou escancaradamente na cara do povo a cruel desigualdade social em que o país se encontrava, e que hoje, 18 anos depois, ainda não está muito distante da nossa realidade. A figura de um senador íntegro e incorruptível, que abraçou a causa da reforma agrária como sua, mais parecia uma piada, embora simbolizasse a esperança em políticos que ainda se importam com o futuro da nação e o querem ver limpo de toda essa bandidagem 'legal'.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Personagens bem construídos e bem interpretados, em histórias críveis, tocantes e bem desenvolvidas, transformaram <i>O Rei do Gado</i> nesse grande clássico da nossa teledramaturgia desde a primeira tomada, quando fomos abrilhantados com os sete capítulos iniciais impecáveis de sua primeira fase, na década de 40. Um primor de qualidade e superprodução, que chegou a durar dois meses para ficar pronta, tamanho era o capricho da equipe envolvida. Cenas memoráveis acompanharam toda a trama e fizeram o telespectador entrar realmente na emoção que era proposta. Simbologias, metáforas e muita poesia embalaram os capítulos com câmeras que adentravam os ambientes e as sensações dos personagens, como um amigo confidente que sorri e sofre junto.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Impossível não destacar a interpretação de Tarcísio Meira na figura do inflexível <i>Berdinazi</i>. Sua cena no cafezal plantando a medalha do filho morto na guerra, na esperança de vê-lo renascer é de uma verdade cênica e poesia incomparáveis na teledramaturgia nacional. Raul Cortez também soube conduzir precisamente seu velho rancoroso e solitário <i>Geremias</i>, corroído pelo remorso dos erros do seu passado. A dúbia <i>Rafaela</i>, de Glória Pires, chegava a despertar diferentes reações nos telespectadores, que ora a sentiam como vilã, ora se apiedavam dela, nada mais humano. Letícia Spiller, que acabara de sair de sua espevitada <i>Babalu</i>, de <i>Quatro por Quatro</i>, não poupou encanto e talento na sua doce e determinada <i>Giovana</i>. Encanto que pudemos ver ressurgir logo na primeira cena de Patrícia Pillar como a bronca <i>Luana</i>. Por trás do jeito xucro e arredio da cortadora de cana, podíamos perceber os traços delicados da <i>Berdinazi</i> de Letícia. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
São muitos os destaques da história, mas não poderia deixar de mencionar também a riqueza de <i>Zé do Araguaia </i>e <i>Donana</i>, de Stenio Garcia e Bete Mendes. Juntos, eles representaram fielmente o universo rural da segunda fase fundindo-se quase em um personagem só. E claro, Antônio Fagundes, que conseguiu dar vida a dois personagens completamente diferentes e cheios de nuances e sensibilidade. O maior mérito de Benedito em <i>O Rei do Gado</i> talvez esteja na valorização de personagens incomuns nas telenovelas, mas corriqueiros no dia a dia. É possível enxergar-se em <i>O Rei do Gado</i> ou enxergar um amigo, um vizinho... E ainda não falei de sua trilha sonora, a mais vendida de todos os tempos, recheada do sertanejo da época e de pérolas como <i>Admirável Gado Novo</i>, de Zé Ramalho, e <i>Correnteza</i>, de Tom Jobim, na voz de Djavan. Em tempos de escassez de boas histórias para acompanhar, a re-reprise de <i>O Rei do Gado </i>talvez seja uma boa oportunidade para relembrarmos que já tivemos e temos capacidade para produzir grandes e memoráveis obras na nossa teledramaturgia. Finalizo com a frase do capítulo final que resume bem todo o fio da trama:</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>"Deus quando fez o mundo, não deu terra pra ninguém, porque todos os que aqui nascem são seus filhos. Mas só merece a terra aquele que a faz produzir, para si e para os seus semelhantes. O melhor adubo da terra é o suor daqueles que trabalham nela".</i></div>
Samuel Diashttp://www.blogger.com/profile/09565385863694310353noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5754297382391073584.post-46337001307518564732014-12-28T23:58:00.001-02:002014-12-28T23:58:32.393-02:00Entre as molas<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj8irnNw3oraVXdgPso0y3LLwuLU3_HpLK9fyFbMbBUsEAS1UUwg3IfMsFnxWul4pAQY6mscBe1hcyb5pJcU6f7odijjlg48KMKFHV52cpZlDKZ1DxpARgQkrCqqJw2UDgAl7sKcY5FUfo/s1600/o-tempo-passa-1.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj8irnNw3oraVXdgPso0y3LLwuLU3_HpLK9fyFbMbBUsEAS1UUwg3IfMsFnxWul4pAQY6mscBe1hcyb5pJcU6f7odijjlg48KMKFHV52cpZlDKZ1DxpARgQkrCqqJw2UDgAl7sKcY5FUfo/s1600/o-tempo-passa-1.jpg" height="208" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
Esses dias andei pensando... O tempo é uma estrada feita de mola que só tende a esticar. E quanto mais se estica um lado, mais distante ficamos da sua outra ponta. Ele não poderia ser uma reta porque precisa amaciar os percalços da vida. Mas o que vai ficando nesse meio? Ou melhor, o que vai surgindo e desabrochando enquanto ela cresce? Quando mais novo, eu costumava analisar o quanto mais distante eu estava ficando de um determinado ano. Épocas e momentos especiais iam se alongando sempre mais. De repente, aquele ano mágico ia se tornando velho e mais velho, até virar apenas uma pequena sombra distante. Era a mola distendendo-se e fazendo do garotinho, um adolescente; e desse, um homem.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Hoje cruzam por mim diariamente Eduardas, Luanas, Thalias, que, não fosse um simples detalhe, me pareceriam meros nomes de jovens adolescentes. Porém, alguns anos atrás não era comum encontrar por aí uma garota chamada Thalia ou mesmo Eduarda - o masculino sim era o comum -, assim como o feminino de Marcelo também soava estranho e só a Machado de Assis e a seu Brás Cubas remetia-se tal referência. Daí que olhando a idade dessas meninas, entre seus 16 e 18 anos, a explicação é bastante óbvia. Em 1996 a Rede Globo exibia - como agora voltará a exibir - um dos seus maiores sucessos da teledramaturgia, a novela <i>O Rei do Gado</i>, cuja mocinha se chamava Luana, uma boia-fria bronca, mas de coração doce, que cativou não só Bruno Mezenga, mas o público brasileiro. E haja Luanas a nascerem naquele ano, filhas do poder de influência da mídia.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O mesmo aconteceu no ano seguinte, quando Manoel Carlos arrebatou o público com sua Helena que sacrificou seu bebê vivo em troca do filho morto da filha, para não vê-la sofrer diante da impossibilidade de voltar a engravidar, em <i>Por Amor</i>. A filha mimada e egoísta, apesar de sofrer forte rejeição do público, parece que conquistou o coração de alguns futuros papais, que batizaram suas filhas naquele ano de Eduarda, nome da mocinha da história. E quem não se lembra do fenômeno das três Marias da atriz e cantora mexicana Thalia? <i>Maria Mercedes, Mari-Mar </i>e <i>Maria do Bairro</i> consagraram Thalia no Brasil e a fez visitar o país, pela primeira vez, em 1997, quando todos passaram a conhecer não só a atriz, mas também a cantora, e seu nome virou sensação.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
São meras constatações, mas que me fizeram refletir sobre essa mola que se distende mais a cada dia, fora do nosso controle. Não penso melancólico sobre os bebês que nasciam batizados com os nomes da época e hoje estão às portas da universidade, de onde parece que saímos ontem. Apenas me divirto com as mudanças que acontecem. Não há como descrever o tempo, como segurá-lo, ou mesmo observá-lo, ele simplesmente passa, e só depois o sentimos, ou sentimos as mudanças que ele nos deixa. O tempo é o hoje, é o agora, é o sol que se põe no fim da tarde, é o garotinho atravessando a rua, a folha de papel picada caindo da sacada, o tempo é o instante, é o momento que nos cerca, o que fica atrás dele é essa estrada percorrida sem sinalização de retorno. Sendo uma mola, às vezes nos aproximamos de algum caminho percorrido, quando nos vem alguma saudade ou quando uma Eduarda te faz lembrar que já temos algumas estradas construídas, não muito longas, mas que já nos mostraram algo a mais e nos tornaram mais flexíveis.</div>
Samuel Diashttp://www.blogger.com/profile/09565385863694310353noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5754297382391073584.post-1048607118075513912014-02-07T12:12:00.000-02:002014-02-07T17:35:48.681-02:00Ainda há espaço pra Maneco?<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJbA-qFggdSbNT3rwsKfzP1u9PA6U1Y4YzTkGrEFEhNsTQ-mYSzXL10J6zLEyl6BHUoQd3XCNLckS4013Peu87ZdFaTtsw7Vf3yVIIEi2n6JfwvaZv1HlEk8zmU7iCM2wIk2pIdGboqMw/s1600/Celeiros.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJbA-qFggdSbNT3rwsKfzP1u9PA6U1Y4YzTkGrEFEhNsTQ-mYSzXL10J6zLEyl6BHUoQd3XCNLckS4013Peu87ZdFaTtsw7Vf3yVIIEi2n6JfwvaZv1HlEk8zmU7iCM2wIk2pIdGboqMw/s1600/Celeiros.jpg" height="180" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Uma narrativa lenta, os costumeiros
barracos em família, o cotidiano quase caricato de tão puxado para o dia a dia... Não
imaginei algum dia escrever isso, mas <i>Em Família</i> cansa. Parece que dessa vez
Manoel Carlos errou a mão, ou sua fórmula - assim como Glória Perez com <i>Salve
Jorge</i> - já tenha se desgastado. A impressão que fica é que não há mais o que
mostrar, tudo já é conhecido, e ninguém tem paciência para acompanhar um pouco
mais do mesmo. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Quem vinha seguindo o ritmo dos
últimos autores, de João Emanuel Carneiro a Walcyr Carrasco, sentiu a diferença
ainda no primeiro capítulo. Embora Glória e Walcyr não tenham mantido o frenesi
de <i>Avenida Brasil</i>, os primeiros capítulos de <i>Salve Jorge</i> e <i>Amor à Vida</i> foram bem
mais movimentados. A história de Em Família até parece envolvente, mas a
lentidão de novela das seis com que vem sendo apresentada tem prejudicado seu
desempenho. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
E ainda há mais três fatores que
têm contribuído para a novela andar para trás: o excesso de atores
desconhecidos do grande público entre os protagonistas e os principais coadjuvantes
das duas primeiras fases; a história centrada num grupo de adolescentes, que
faz lembrar uma <i>Malhação </i>no horário nobre; e a longa, exaustiva e monótona segunda
fase da trama. Na verdade, se Maneco tivesse reunido toda a história dessas
duas fases num primeiro capítulo bem enxuto, conseguiria mostrar ainda umas
duas ou três cenas da terceira fase, deixar o público ansioso pelo que viria
depois e garantir uma boa estreia. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Todavia, o autor optou por esmiuçar
o máximo possível a adolescência de sua última Helena, e a resposta do público,
sedento por agilidade, veio em sequência: 33 pontos de audiência no primeiro
dia - o pior dos últimos tempos - 29.4 no segundo e 29.2 no terceiro. A Globo
já providenciou as alterações para não continuar perdendo seus preciosos
pontinhos na programação: a reedição dos capítulos. A mudança para a fase com
Júlia Lemmertz, que já tinha sofrido uma antecipação do roteiro original do
capítulo 12 para o 10, agora chegará no capítulo 8. Tudo isso para ver se a
fase atual da trama, com o elenco de peso da casa, consegue prender os
telespectadores e garantir a liderança com tranquilidade.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
E como uma falha nunca anda desacompanhada,
o tal "Momentos em Família" ao final de cada capítulo não deixa claro para o
público se o que é produzido é ficção ou realidade. A princípio parece
tratar-se de fatos, até pela tradição do autor de acrescentar um depoimento
real a cada dia, nas novelas anteriores. Mas é possível perceber que há
manipulação de imagens, cortes e intervenção de atores. A ideia original de
aproximar as histórias apresentadas no folhetim com as de pessoas normais ficou
embaçada, e o que se vê mais parece uma novela dentro da outra. E para
completar o ciclo de estranhezas de <i>Em Família</i>, a disposição dos créditos do
elenco na abertura não estava tão desajustada desde que <i>O Clone</i>, em 2001, inovou
a maneira como eles aparecem.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Mas <i>Em Família</i> está só no comecinho,
pode fazer muito ainda para ganhar a fidelidade do público. Talvez quando a
história começar a se desenvolver no Rio de Janeiro, no elitizado Leblon, as
coisas tomem um rumo. Ou a mesma fórmula batida de Maneco prove que a inovação
é essencial, até mesmo para quem tem um estilo único. Parece que sozinho, o bom
texto trabalhado em <i>Por Amor, Laços de Família, Mulheres Apaixonadas, Páginas
da Vida</i> e <i>Viver a Vida</i> não consegue mais o mesmo sucesso. E esse nem foi o
problema da última - duramente criticada -, mas a falta de uma boa trama para a
Helena de Taís Araújo, e até mesmo a interferência do Ministério Público do
Trabalho na vilania da personagem de Klara Castanho, como se ela, "uma velha
disfarçada de criança", não conseguisse distinguir realidade de ficção.</div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Enfim, talvez em nome das grandes obras
que já saíram de suas mãos, seja de bom tom ter um pouco mais de
paciência com Manoel Carlos e aguardar o desenrolar dos próximos capítulos. Afinal,
com clichês ou não, <i>Em Família</i> é sua despedida, e tem muito autor por aí que
deveria estar de despedindo também das telenovelas, mas infelizmente ainda estarão
no ar por um bom tempo.<o:p></o:p></div>
Samuel Diashttp://www.blogger.com/profile/09565385863694310353noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-5754297382391073584.post-58982204391794819652014-02-01T03:35:00.002-02:002014-02-14T15:26:44.414-02:00O que fica de Amor à Vida<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJhXZLtahfd8gJFQQ5RfRBVmxq2WGYEF4A5jXvBOXdsxkD88jAGH2yc6nvEuooX5zkDgQD492THZM7Ya8kDWOVpchUKJiO1Va_ntIqfqDdLrCNuhxfjwKv49CNzRAMKhaFe4ppta4-rQY/s1600/cesar_1.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJhXZLtahfd8gJFQQ5RfRBVmxq2WGYEF4A5jXvBOXdsxkD88jAGH2yc6nvEuooX5zkDgQD492THZM7Ya8kDWOVpchUKJiO1Va_ntIqfqDdLrCNuhxfjwKv49CNzRAMKhaFe4ppta4-rQY/s1600/cesar_1.jpg" height="240" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Desde que <i>Amor
à Vida</i> estreou, e principalmente ao longo de seus meses, eu me questionava por
que a direção da Globo resolvera alterar o título original da novela. Afinal,
<i>Em Nome do Pai</i> se encaixava perfeitamente bem nas atrocidades de Félix e nos seus
atritos com César. Mas aí o capítulo final de ontem calou todas as minhas
indagações. Eu já assisti a diversos finais de novelas, mas não me recordo de
nenhum que tenha me emocionado tanto. Walcyr voou alto na sua estreia no
horário nobre da Globo, desde as diversas reviravoltas de seus personagens ao
longo dos 221 capítulos de sua trama, até selar o primeiro beijo gay das telenovelas
globais.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Sem dúvida
alguma, o grande protagonista de <i>Amor à Vida</i> foi Félix. De vilão a mocinho
querido dos telespectadores, a sua redenção foi uma das decisões mais bem
acertadas do autor. Já havia lido por aí que Walcyr tinha estragado Félix, desfazendo
um dos melhores vilões da tevê atualmente. Não vejo assim. Félix foi realmente apresentado
como o grande monstro da trama no primeiro capítulo, cometeu diversos crimes,
foi cruel, insensível e prejudicou várias pessoas, porém, ele foi à sarjeta bem
antes do esperado. Aliás, uma das maiores características da novela foi
justamente essa: não prender trama. O reencontro de Paloma com sua filha, que
poderia ter sido o gancho de muitos autores para o capítulo final, Walcyr já desvendou
bem antes do capítulo 30. E bem antes também desmascarou Félix para a irmã.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O muro de
orgulho e prepotência foi aos poucos se quebrando e cedendo lugar à compreensão,
à tolerância e à humildade nos braços acolhedores de Márcia, a grande Tetê
Para-choque e Para-lama, outra personagem, que apesar de alguns exageros, segurou
a novela com honra. Mas os desmandos de Félix tinham uma origem: sua relação
mal resolvida com o pai, que embora não justificasse muito suas atitudes, mostrava
o que a falta de amor e de compreensão é capaz de fazer. A rejeição de César, a
vida inteira, pelo filho - devido a sua homossexualidade -, gerou ódio e
transformou-se em ação, ação destrutiva, Félix virou uma fruta podre, cujo
toque espalhava veneno e destruição pelo caminho de todos.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Ah, mas aí
entrou o amor, e só o amor e o perdão para mudar tudo. O amor de Márcia - sua
babá perdida -, o amor de Niko - o amigo conquistado -, o perdão e o amor de
Pilar e até de Paloma. Félix se sentiu acolhido para recomeçar, ter sua nova
chance, e diante de tanta demonstração de afeto, percebeu que era possível
viver no bem. E ninguém precisa ser condenado à cruz quando está disposto a se modificar e refazer seus atos pelo amor. Aos poucos, a figura do Félix de antes foi desaparecendo e o
vilão se transformou realmente no protagonista da história, suplantando Paloma
e Bruno, e ganhando até par romântico com direito a torcida do público. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O capítulo
final de <i>Amor à Vida</i> foi tão intenso que fica difícil descrever tudo. Algumas passagens,
todavia, merecem destaque. A revelação de Pilar sobre sua culpa na morte da mãe
de Aline; a fuga de Edith com Wagner; o perdão de Paulinha a Félix; a dança
sensual de Márcia, vestida de chacrete, para Atílio/Gentil; Amarylis sendo
desmascarada por Niko; a visita de Paulinha a Ninho na prisão e o remorso dele pelos
seus atos; a notícia de Jonathan de que passou no vestibular de arquitetura e a
comemoração de Félix; Valdirene quase parindo no casamento da mãe; o destino de
Aline; e claro, o desfecho de César, que se viu inválido, traído, humilhado, sem
perspectiva de vida, e foi encontrar, justamente nos braços do filho rejeitado, a
ajuda e o acolhimento de que tanto necessitava no momento. Tão verdadeiro, tão humano. E aí mais uma vez o
amor agiu e levou todo mundo às lágrimas. Numa fotografia deslumbrante, Félix
revela seu amor a César, que reconhece a dedicação do filho e o aceita
finalmente com um “eu também te amo”, que o ex-vilão tanto desejou escutar em toda
sua vida. A vitória do amor sobre o preconceito e a intolerância. Com tudo isso, o tão polêmico beijo entre Félix e Niko, numa cena de pura delicadeza e cumplicidade, depois daquele reconhecer que o chefe de cozinha mudou sua vida, foi apenas
a cereja do bolo.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Já critiquei
muito os enredos pastelões de Walcyr Carrasco, seus diálogos óbvios, seu humor
escrachado, mas hoje ele ganhou um grande ponto comigo. Em tempos em que se vê
tanta desordem no mundo, tanta intolerância, violência, injustiça e incompreensão,
a lição de amor, já difundida lá atrás na canção dos Beatles, veio brotar onde
menos se esperava. Walcyr provou que o título da novela faria jus à sua
história, e <i>Amor à Vida</i>, apesar de ficção, foi um grande exemplo para a
humanidade de que o nosso planeta ainda tem chance, de que o amor ainda pode
transformar esse mundo para melhor. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<o:p></o:p></div>
Samuel Diashttp://www.blogger.com/profile/09565385863694310353noreply@blogger.com9tag:blogger.com,1999:blog-5754297382391073584.post-8935508816835180082013-11-08T17:19:00.000-02:002014-01-28T11:59:50.879-02:00Bem antes do útero<span style="font-family: inherit;">E naquela tarde, Pablo cruza com Marcelo na entrada do Pavilhão da
Reencarnação.</span><span style="font-family: inherit;"></span><br />
<span style="font-family: inherit;"></span><br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="font-family: inherit;">– Oi! Você por aqui... Vai reencarnar também? – pergunta Pablo.<o:p></o:p></span></div>
<span style="font-family: inherit;"></span><br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="font-family: inherit;">– Não. Vim só pegar alguns dados do planejamento do meu primo –
responde Marcelo.<o:p></o:p></span></div>
<span style="font-family: inherit;"></span><br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="font-family: inherit;">– Ah, tá. Tenho te visto pouco aqui. O que anda fazendo? Ainda ajuda na
produção do setor de alimentos?<o:p></o:p></span></div>
<span style="font-family: inherit;"></span><br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="font-family: inherit;">– Só meio expediente. Sou concursando agora.<o:p></o:p></span></div>
<span style="font-family: inherit;"></span><br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="font-family: inherit;">– Como?<o:p></o:p></span></div>
<span style="font-family: inherit;"></span><br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="font-family: inherit;">– Estudo pra concurso público. Minha turma tem mais de cem alunos. Não viu
os outdoors? É aquele Aprovação Master com os professores que chegaram da
Colônia Bom Jesus do Sucesso.<o:p></o:p></span></div>
<span style="font-family: inherit;"></span><br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="font-family: inherit;">– Não, eu nem sabia que havia concurso aqui no astral.<o:p></o:p></span></div>
<span style="font-family: inherit;"></span><br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="font-family: inherit;">– Não. Não há.<o:p></o:p></span></div>
<span style="font-family: inherit;"></span><br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="font-family: inherit;">– Então...<o:p></o:p></span></div>
<span style="font-family: inherit;"></span><br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="font-family: inherit;">– É que pretendo prestar concurso pra analista da Receita
Federal em 2035 no Brasil. Os professores conseguiram ter acesso à maior parte dos
conteúdos que provavelmente irão cair nessa época e nos passaram.<o:p></o:p></span></div>
<span style="font-family: inherit;"></span><br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="font-family: inherit;">– Nossa! Mas tá um pouco adiantada essa sua preparação, não? E se você
resolver seguir outra profissão quando encarnar?<o:p></o:p></span></div>
<span style="font-family: inherit;"></span><br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="font-family: inherit;">– Não, não tá não. Minha futura tia se preparou com duas encarnações de
antecedência pra analista do senado. Dom Pedro Segundo ainda governava o
Brasil e ela já estudava aqui numa turma intensiva pra esse cargo. E eu já
planejei tudo. Com os conhecimentos que já obtive aqui, provavelmente eu consigo terminar o ensino médio com 14 ou 15 anos. Faço faculdade de
economia ou administração - porque não tenho muita afinidade com direito -, paralelamente
a um bom curso preparatório, e em seguida presto o concurso. Se eu tiver
sorte, passo no primeiro.<o:p></o:p></span></div>
<span style="font-family: inherit;"></span><br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="font-family: inherit;">– Com toda essa preparação, é impossível não passar.<o:p></o:p></span></div>
<span style="font-family: inherit;"></span><br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="font-family: inherit;">– Não é garantido. Só na minha sala tem uns quarenta que querem o mesmo
cargo que eu. E a tendência é a concorrência ficar cada vez maior. Mas eu tô me
preparando, se não for no primeiro, tento o segundo, o terceiro... E você? O que
pretende ser dessa vez?<o:p></o:p></span></div>
<span style="font-family: inherit;"></span><br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="font-family: inherit;">– Ah... bom... Eu tô me planejando pra fazer filosofia, que é uma
ciência que tenho interesse.<o:p></o:p></span></div>
<span style="font-family: inherit;"></span><br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="font-family: inherit;">– Eu não aconselho o setor privado. Ele é até bom pra quem tem
determinação, mas os resultados são a longo prazo, você só começa a ganhar bem
lá pelos quarenta, e ainda assim pode ir pra rua a qualquer hora. No
serviço público além da estabilidade, você tem a chance de ganhar bem antes dos
vinte e cinco. A geração que anda reencarnando agora tá toda focada nos
concursos. Se eu fosse você investia também. Bom, deixe eu ir. Minha aula
começa em uma hora. Sucesso pra você.<o:p></o:p></span></div>
<span style="font-family: inherit;"></span><br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="font-family: inherit;">Marcelo sai. Pablo pensa um pouco e o chama.<o:p></o:p></span></div>
<span style="font-family: inherit;"></span><br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="font-family: inherit;">– Marcelo! Se eu entrar na sua turma agora, será que eu ainda tenho
chance de conseguir técnico administrativo nessa encarnação?</span></div>
Samuel Diashttp://www.blogger.com/profile/09565385863694310353noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5754297382391073584.post-78358321680986643642012-02-28T16:33:00.000-03:002014-01-27T15:24:33.393-02:00O espelho de alguém<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjNelNfPeZe_06Zy-A9uGA7urkVvm-Dtg3ybYRozT0pFfXRhi1BUSMYBWb7dgFqDhoFdFhPjef92rqdRyIGTbP0grNKsP5EI20f5dZ7Z6lDxhVW6AFHegXVTbrZmFml2tmihjOO660bWDw/s1600/reflexo+(3).jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjNelNfPeZe_06Zy-A9uGA7urkVvm-Dtg3ybYRozT0pFfXRhi1BUSMYBWb7dgFqDhoFdFhPjef92rqdRyIGTbP0grNKsP5EI20f5dZ7Z6lDxhVW6AFHegXVTbrZmFml2tmihjOO660bWDw/s320/reflexo+(3).jpg" height="320" width="283" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Quando eu era mais novo, fã de Sandy e Junior, naturalmente, queria ser como Junior. Deixava o cabelo igual, usava roupas semelhantes, tentava reproduzir seu jeito de se portar, buscando me espelhar ao máximo, naquela figura que para mim era um ícone, um modelo a ser seguido. Mas mesmo com todos os esforços, era impossível me igualar por completo. O cabelo não tinha o mesmo caimento, o pescoço dele parecia ser mais comprido, o sorriso era mais espontâneo. Contudo, a diferença mais crucial estava nos ombros. Os meus sempre foram muito largos, ombros de nadador, como me diziam, mesmo sem praticar o esporte. Junior, por sua vez, tinha a espádua curta, descendo numa nítida inclinação a partir do pescoço. Aquilo era realmente uma diferença anatômica que eu não poderia corrigir. Incontáveis vezes sonhei ter seus ombros curtinhos para que as roupas ganhassem em mim o mesmo contorno que ganhavam nele. Mas nem tudo poderia ser perfeito.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Certa vez, durante uma entrevista no programa da Xuxa, Junior foi questionado por ela, sobre algum possível defeito que gostaria de corrigir em seu corpo. E inesperada foi a minha reação quando descobri que Junior desejava ter ombros mais largos. Era isso mesmo! Aquilo que para mim sempre foi um empecilho para me “igualar” a ele, era exatamente o que Junior gostaria de ter. Foi só aí que me dei conta da ideia absurda que estava alimentando. A perfeição que eu buscava não existe, porque nunca ninguém será unanimemente perfeito. A anatomia de Junior era a ideal aos meus olhos, porque era a que estava nele, a que fazia parte do ídolo que idolatrava. Mas não tinha me ligado ainda que ele também poderia ter seu próprio ícone a se espelhar. Comecei então a dar valor aos meus ombros, afinal, não eram os de Junior, mas eram os que ele desejaria ter, e sabe lá quem mais. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Esse episódio me voltou à mente essa semana durante uma reunião no centro espírita que frequento. Sempre ao chegar, recebemos um panfleto com algumas frases, geralmente extraídas do livro Vida Feliz, de Divaldo Pereira Franco, pelo espírito Joanna de Ângelis. E nesse dia, uma das frases dizia o seguinte: “mesmo que não saibas, és exemplo para alguém. Sempre existem pessoas que estão observando os teus atos, mesmo os equivocados, e se afinam com eles. Desse modo, és responsável, não só pelo que realizes, como também, pelo que as tuas ideias e atitudes inspirem a outros”. Nunca tinha me questionado ser exemplo para alguém. Eu que sempre busco o espelho do outro. Quem iria querer me ter como modelo para qualquer coisa? Nunca faço nada de interessante. Sou um tipo tão normal que beira a anormalidade. Só um desavisado poderia enxergar algo útil em mim. Mas... e se existe mesmo esse alguém? Se realmente estou servindo de base para outra pessoa traçar suas atitudes e comportamentos? Há um perigo então aqui.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">São tantos rostos cruzando nosso caminho diariamente. Tantos passos apressados em ruas que nunca pisamos, pessoas que jamais tornaremos a rever. Será que durante uma travessia numa calçada, não estamos sendo observados e inspirando alguém a nos copiar? Um simples gesto, um bater de cabelo, o andar, um sorriso. Qualquer detalhe pode despertar o interesse do outro. Afinal, involuntariamente, somos a perfeição de alguém. Nossa vida pode realmente influenciar as decisões do próximo, e ainda atrair semelhantes das variadas esferas. Encosto, arrimo, obsessor, estão todos ligados a quem de alguma forma facilitou o acesso à pessoa. Quem sabe não temos o sorriso, a roupa, o cabelo ou o ombro perfeito para algum desencarnado? Já li um caso de um espírito que se ligou a uma atriz famosa para garantir que ela não deixasse de interpretar determinado papel. Provavelmente, ele estava mais envolvido com a vida da personagem do que com a da atriz. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">E exatamente como Junior não fazia ideia da fixação que eu tinha em me assemelhar a ele, essa atriz não poderia imaginar os transtornos que sua personagem causara nesse fã. É correto então atribuir aos dois a responsabilidade dos atos cometidos pelos fãs? Tenho minhas dúvidas. Não havia uma intenção direta dos artistas para os fãs tomarem determinadas atitudes. Por outro lado, independente da intenção, foi através do contato indireto entre eles que os fãs agiram. Há sim, alguma responsabilidade, com certeza, em todos os nossos atos, mas não há como saber de onde pode surgir a próxima identificação, que tipo de pensamento ou atitude pode desencadear essa afinação. Mesmo os mais singelos comportamentos, podem despertar bizarras situações. É imprevisível! Por isso, o importante mesmo é saber que observamos e somos observados todos os dias, por quem menos imaginamos. E não podemos esquecer nunca, que enquanto buscamos um espelho no outro, também estamos sendo o espelho de alguém.</span></div>
Samuel Diashttp://www.blogger.com/profile/09565385863694310353noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-5754297382391073584.post-61662546734770782072012-02-26T16:28:00.001-03:002012-02-26T16:28:00.298-03:00Meu jardim botânico<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhWf1Z2vuCtZ9ptbihSYTu-Htq1Z9pcjuQbUezKOu8MyJ5YGRpP_7NR5Kcw6dPmuT_kSG2BkswWzYHCTLa9ThOxaz4m6xslze0zWitLEiKMcbrR6kg0x8dapj1gbt-LLBxBKNwDWIrF_lk/s1600/Jardim-Botanico-11-web.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhWf1Z2vuCtZ9ptbihSYTu-Htq1Z9pcjuQbUezKOu8MyJ5YGRpP_7NR5Kcw6dPmuT_kSG2BkswWzYHCTLa9ThOxaz4m6xslze0zWitLEiKMcbrR6kg0x8dapj1gbt-LLBxBKNwDWIrF_lk/s320/Jardim-Botanico-11-web.jpg" width="240" /></a></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Quando todos os benefícios e tecnologias do mundo moderno não conseguem saciar nossa sede interior, só resta pedir auxílio à velha inquilina natureza. Só ela com sua imponente e modéstia paciência consegue acalentar as lamúrias mais íntimas da nossa alma. Nada mais gostoso do que dividir confidências ao pé de uma jaqueira, trocar reminiscências com um ipê amarelo ou mesmo partilhar as horas com um bambu. A natureza nos acolhe na sua majestosa simplicidade para nos lembrar, quiçá, de alguns valores perdidos na humanidade. Foi assim que me senti esses dias ao rever um dos lugares mais exuberantes do Rio de Janeiro. O Jardim Botânico é uma pequena porção do paraíso inserida no coração de uma metrópole. O silêncio, a paz e a quietude só quebrados pelo ruído da água nas fontes e córregos. Um privilégio para poucos. E pensar que toda a costa brasileira já foi um dia assim. </span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">É nessas horas que me reporto aos portugueses quando aqui chegaram. Quando confundiram uma limpa e espetacular baía com a foz de um grande rio. A maravilha da natureza em sua perfeita manifestação. O paraíso particular dos índios. Como o homem foi capaz de devastar tamanha riqueza? Um pequeno passeio pela Estrada da Mata Atlântica, um caminho que contorna uma boa parte do jardim, serpenteando a Floresta da Tijuca, é suficiente para se render por inteiro ao poder da criação. Árvores gigantescas que se perdem à vista, frondosas e protetoras sombras, o solo macio da terra molhada, o ruído das folhas secas, o canto de algum passarinho, o lodo úmido em algumas pedras... me senti isolado do resto do mundo, a dez minutos de Copacabana. </span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Ali, mergulhado os pensamentos na mais profunda sintonia de espírito, recordei um pequeno jardim que fez história na minha infância. Na casa dos meus tios-avós existia um grande terreno ao fundo e em volta da casa com algumas árvores e plantações. O muro da casa era colado com o da minha avó e não era alto. Meu avô pulava frequentemente por lá para ir tomar café e bater papo com os irmãos. A casa era bem antiga. Paredes largas, chão de barro em alguns cômodos, fogão a lenha, sótão e vários quartos escuros. Tinha um certo medo de entrar lá. Mas esse medo não era empecilho para me afastar da pequena “floresta” que era o jardim do lado direito da casa. Havia muita planta, flores e ervas medicinais lá, divididos em dois ou três corredores. O ambiente era úmido, pois os galhos altos das plantas impediam que a luz solar chegasse até o chão. Apesar de ir pouco, eu adorava aquele lugar. Me sentia numa floresta. Fantasiava histórias e aventuras nas quais eu me perdia, improvisava abrigo, fugia dos animais. Ganhava a imaginação.</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Era um ambiente único, incomum a tudo que eu estava acostumado. Infelizmente, minha diversão tinha sempre prazo de validade bastante curto. Meus tios não se mostravam receptivos à minha presença lá, aliás, à de ninguém. Mas criança e jardim era sinal de desastre pra natureza. E parece que eles tinham radar. Eu pulava o muro discretamente, atravessava o terreno em ponta de pés e quando adentrava os primeiros passos no jardim, eles me repreendiam. Algumas vezes fingia sair e me escondia entre algumas plantas. Era quando eles me delatavam ao meu avô, que pacientemente vinha me pedir para não tornar a perturbá-los. Mas o lugar era fascinante demais para abandonar assim. Cheguei a bancar o bom menino com meus tios para ganhar a confiança deles. Ia tomar café à tarde lá, conversava sobre assuntos de interesse de ambos, ganhava elogios, mas apesar do esforço, o jardim permanecia inacessível.</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Das poucas lembranças que me restaram dele, ficaram as histórias, o aroma do ambiente, a umidade, o perigo (de ser descoberto), a tranquilidade. Acho que cheguei a brincar de se esconder, uma ou duas vezes, no máximo, com minhas primas. Não mais que isso. O paraíso não poderia ser violado. E apesar das interferências dos meus tios, a pequena floresta acabou abandonada e destruída quando a casa foi vendida. Aparentemente, de nada adiantou tantos cuidados. Mas se eles não preservassem o precioso jardim enquanto estava sob os seus cuidados, ele não seria aquele prodigioso espetáculo da natureza, nem despertaria a minha contemplação. Bom mesmo se mais gente estivesse plantando, cuidando e dedicando um tempinho do dia para a preservação da maior dádiva do planeta. Possibilitando mais jardins e florestas à nossa volta, reaproximando a natureza do homem, reequilibrando o meio ambiente, tornando nosso ar mais puro e estimulando as endorfinas dos sonhos.</span></div>Samuel Diashttp://www.blogger.com/profile/09565385863694310353noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-5754297382391073584.post-12558354748791736542012-02-22T16:15:00.002-02:002014-01-28T11:46:07.024-02:00A essência que eu respiro<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEizZf8VdOO9JuAB5c9ELDDNXnB_DqCvqTfGd00_mgMB3hEpmAP-W8L9LBcVAdekNiZ2AE7g72E6auUIGpGZfjsuOCB3uZoYih0MY2q-umnK-E8ECcW89W9NlP9mDXKnQF-Yw9svzvAA7VA/s1600/escrever-em-fotos-2.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEizZf8VdOO9JuAB5c9ELDDNXnB_DqCvqTfGd00_mgMB3hEpmAP-W8L9LBcVAdekNiZ2AE7g72E6auUIGpGZfjsuOCB3uZoYih0MY2q-umnK-E8ECcW89W9NlP9mDXKnQF-Yw9svzvAA7VA/s320/escrever-em-fotos-2.jpg" height="320" width="317" /></a></div>
<span style="font-family: inherit;">Assim como dei início às postagens de 2011 escrevendo sobre o significado especial da água em minha vida, como fonte de renovação e inspiração, quero abrir o Celeiro 2012 tecendo o valor de outro elemento a mim tão vital como ao ar. De longe, é a maior sintonia que estabeleço com a essência profunda da alma. Diante da absurda quantidade de ideias e pensamentos que circulam todos os dias na minha mente, o papel em branco é a melhor via que encontro para converter borrões em algo tangível. Ah, a vida não teria a menor graça não fossem as formas tridimensionais das palavras, as reticências dos textos, as entrelinhas. A vida ganha, sem dúvida, mais colorido no papel. É nisso que acredito. É por isso que vivo cada dia. Pincelando o ar com o perfume das experiências, o sabor da meninice, a melodia dos corações. Oh, criptogramas de palavras que vagueiam pelos campos tão férteis da mais legítima felicidade. Vastas margens de sonhos em cristalinas fontes de conhecimento e criação. Que prazer te navegar!</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Recordo que na escola quando regressávamos às aulas, a professora sempre nos cobrava uma redação sobre as nossas experiências durante as férias. Eu não entendia por que a maioria dos alunos reclamava da tarefa e a cumpria como o primeiro fardo daquele ano que tinha início. A meu ver, era uma das melhores atividades da primeira semana. Adorava descrever e narrar os fatos que haviam transcorrido comigo, sempre encontrando uma maneira de tornar cada detalhe mais divertido do que até realmente fora. Como era gostoso refazer os acontecimentos, tendo agora todos em minhas mãos, ao meu controle. A sensação de comando sempre foi algo intrínseco ao meu ser. Se durante um trabalho em grupo eu estivesse à frente da tarefa, o esforço era nítido, e o resultado eu dominava por completo. Por outro lado, se eu fosse apenas mais um peão no tabuleiro, não conseguia desenvolver nem 10% da minha capacidade. Me encostava. E não era preguiça, apenas não conseguia me envolver por inteiro se não estivesse na direção.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">O domínio que me faltava lá, eu vertia na vida dos bonecos, meus melhores amigos e brinquedos. Fui o diretor de suas vidas, suas histórias, seus destinos. Era seu deus. Sozinho na sala, no quarto ou no quintal, traçava as linhas de cada ser que passava a existir em minhas mãos. Criei alguns filmes que reprisava em outros momentos. Até uma novela surgiu nesse período. Meu quarto ficava arrumado (ou bagunçado) com os ambientes e os núcleos da trama, e toda noite das sete às oito horas eu exibia um capítulo, com direito a vinheta de abertura e comerciais. E como a novela foi um grande sucesso, reprisei também algum tempo depois. Era inefável alçar voo à imaginação e se deixar levar pelos caminhos que a própria alma desde cedo revelava tão autênticos.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Quando os anos tornaram inviáveis as aventuras com os bonecos, transferi meu mundo para a folha de papel. As primeiras histórias que me recordo escrever envolviam romances conturbados, acidentes, mistérios, relações destroçadas pela guerra, e até pessoas abduzidas por OVNIs. Não poupava esforços à imaginação. Acho até que hoje sou bem mais moderado que naquela fase. Não me preocupava tanto com formas e contextos, o importante era o que vinha na cabeça e eu queria explorar. Desde essa época eu já percebia que a arte, a fantasia, a ficção, era muito mais exuberante que a realidade. Hoje continuo me alimentando dessa fonte que não seca. Sempre que preciso me encaixar, compreender a lógica dos acontecimentos, reviver o passado, é na escrita que encontro o amparo certo. É nela que ganho a sustentação e a confiança no porvir. Seja na intrépida personagem de um seriado, na narração de um flashback da vida ou na simples descrição de um palito de fósforo. Escrever... levar as minúcias do meu mundo ao conhecimento do próximo é, sem dúvida, o meu grande alento.</span><b><o:p></o:p></b></div>
Samuel Diashttp://www.blogger.com/profile/09565385863694310353noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-5754297382391073584.post-26217018415150707062011-12-31T20:37:00.000-02:002011-12-31T20:37:19.420-02:00Registrando<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEikf7stE89D2DGUL3luIRWJRRfPxG9avc3zqZScnWqjcH2WQi80xgEzmwQTkXuGcol0lJGVvJKe2M2z2VLUdBPBnJxrljsEschhUdPIZwG-IFm3i1HmSeEm2wTLgGMyRsUUjcRL__6nd-o/s1600/10904778-new-year-2012-is-coming-concept--inscription-2011-and-2012-on-a-beach-sand-the-wave-is-covering-digi.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEikf7stE89D2DGUL3luIRWJRRfPxG9avc3zqZScnWqjcH2WQi80xgEzmwQTkXuGcol0lJGVvJKe2M2z2VLUdBPBnJxrljsEschhUdPIZwG-IFm3i1HmSeEm2wTLgGMyRsUUjcRL__6nd-o/s320/10904778-new-year-2012-is-coming-concept--inscription-2011-and-2012-on-a-beach-sand-the-wave-is-covering-digi.jpg" width="251" /></a></div><div style="text-align: justify;">E 2011 chega ao fim! Querendo ou não, 31 de dezembro nos faz medir os ganhos e as perdas. 2011 foi mais um ano de mudanças, mais um ano de conflitos, de decisões, de novos projetos. Alguns momentos ficarão na memória. A viagem ao Rio no início do ano, com Suellen e Cris, no congresso de Filosofia. A partida de Campina Grande. O reencontro da turma do teatro e da faculdade, agora já no finzinho do ano. Não tenho certeza de quando nos veremos de novo, e o reencontro, as conversas, as risadas, serão boas recordações para os dias difíceis.</div><br />
<div style="text-align: justify;">Esse ano, diferente de todos os outros aqui no Celeiro, o mês de dezembro ficou escasso de postagem. Não escrevi nada sobre o Natal e sua magia, não enfeitei o Celeiro como de costume. O máximo que me permiti foi colocar uma pequena foto de papai noel ao lado. Mas não me perguntem por quê. Simplesmente não senti o encanto da data dessa vez. E amanhã já será 2012. Ano novo me assusta. Nunca se sabe o que vem pelos próximos 365 dias. Mas estou, no mínimo, convicto do que preciso fazer desses dias. Se saberei conduzi-los da melhor forma possível ou não, daqui a um ano contarei. Por enquanto, feliz 2012!</div>Samuel Diashttp://www.blogger.com/profile/09565385863694310353noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-5754297382391073584.post-78195628332423021962011-12-11T17:46:00.000-02:002011-12-11T17:46:56.708-02:00Os incensos<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEibZmsXimqD0VJYdn3w_gYoCoYcdiGsckKO-PBPqdNKIzqWG-phezfDqVPMbn3I5tne-ULrZrNlmRHlipa2yOKOn1QkrOS1AgK14Oa8Gm4r63P8brDOY-RTXy-1u579OkJjfT57lCUq0uY/s1600/Dicionario+incensos.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEibZmsXimqD0VJYdn3w_gYoCoYcdiGsckKO-PBPqdNKIzqWG-phezfDqVPMbn3I5tne-ULrZrNlmRHlipa2yOKOn1QkrOS1AgK14Oa8Gm4r63P8brDOY-RTXy-1u579OkJjfT57lCUq0uY/s320/Dicionario+incensos.jpg" width="244" /></a></div><div style="text-align: justify;">E mais uma vez me pegava comprando mais de dez pacotinhos de incenso na loja. Sempre que isso acontecia, algum funcionário me dava uma rápida olhadela para conferir a figura que estava se preparando para uma grande sessão de descarrego. Isso não me incomodava. Minha amizade com os incensos teve início quando eu ainda era criança e minha mãe aparecia aqui acolá com algum, que ganhava como brinde de uma revista. Depois quando viajávamos para Natal nas férias, sempre comprávamos alguns na lojinha Arte Final do shopping. O cheirinho que exalava de lá era tão bom, tão agradável, que nunca passávamos sem comprar ao menos um pacotinho. Era um verdadeiro alucinógeno.</div><br />
<div style="text-align: justify;">Quando fui para Campina Grande, vez por outra, minha mãe levava algum para o apartamento. Eu também comprava quando estava sozinho. Mas foi depois do teatro que passei a apreciar mais a essência deles. A cada ensaio, Chico acendia um ou dois, espalhava pelo ambiente e deixava queimando enquanto a gente se aquecia. Nas apresentações eles também estavam presentes, afastando qualquer interferência nociva e equilibrando o espaço com boas energias. O resultado final era sempre bom, se era contribuição dos incensos, eu não sei, mas era melhor continuar com eles.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Por fim, eu mesmo já os estava levando para os espetáculos. Enquanto todo mundo se preparava para a apresentação, eu acendia alguns pelo camarim e pelo palco e deixava a fumaça tomar conta. O aroma, a chama e as cinzas que caíam, me tranquilizavam, me levavam conforto, transformavam aquele lugar num pedacinho do meu lar e estreitavam os laços entre mim e o palco. A partir daí passei a comprar grandes quantidades e espalhar ao menos um em cada cômodo do apartamento. Me banhava de sândalo, cravo, mirra, flor de laranjeira, benjoim, canela. Muitas vezes dava para se sentir o perfume ainda das escadas.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Até que uma vez, ao receber a visita de um amigo, que se mostrou curioso com a quantidade de varetinhas queimadas sobre um pequeno jarro na janela, fui chamado a atenção para uma curiosidade. Como eu, ele também gostava de incenso, mas me disse que não acendia muito porque os vizinhos podiam pensar que ele cheirava marijuana. Sim! Eu não sabia, mas os chegados na cannabis, costumam acender incensos para camuflar o cheiro da maconha em volta. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Nesse momento, eu me lembrei das vezes que os funcionários das lojas me olhavam quando eu passava com toda aquela quantidade de incenso no caixa. Vai ver eles não pensassem que eu iria fazer um descarrego, mas a confraternização dos amigos da folhinha. Lembrei também das minhas sessões de purificação e dos vizinhos que passavam me olhando quando eu saía do apartamento e o aroma me acompanhava. De repente tudo ganhara uma outra dimensão. Eu era o novo maconheiro do condomínio. De hippie é que eu não tinha cara. Foi um episódio engraçado, mas de uma coisa eu tenho certeza, deixar de comprar meus bastõezinhos por fama de maconheiro ou macumbeiro é que não vou mesmo.</div>Samuel Diashttp://www.blogger.com/profile/09565385863694310353noreply@blogger.com9tag:blogger.com,1999:blog-5754297382391073584.post-46932182547303483082011-11-22T20:00:00.001-02:002014-01-27T15:25:04.618-02:00Marlon e a bola<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiAswzj2illyBHT321u5TT3PJCCgV64WdLrYX6TLXpq0RENzAlQ3vNevQsyJljai0A-EeX7TJp5zgybeM7igo3iec38rEjJcrRJErU8C08HLs8a-2QT601NnHorwE71plWNIMfWIrEckxk/s1600/marlow.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiAswzj2illyBHT321u5TT3PJCCgV64WdLrYX6TLXpq0RENzAlQ3vNevQsyJljai0A-EeX7TJp5zgybeM7igo3iec38rEjJcrRJErU8C08HLs8a-2QT601NnHorwE71plWNIMfWIrEckxk/s320/marlow.JPG" height="320" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
Escutava Fagner na sala com minha mãe. Marlon corria pra lá e pra cá com sua bolinha de desodorante roll-on, seu objeto sagrado. Vez por outra, minha mãe chamava sua atenção para ele tirar a bola de perto dos móveis, antes que ela rolasse pra baixo de algum. Quando isso acontecia, ele traçava em sua cabeça todas as estratégias possíveis para retirá-la de lá, e em última alternativa, quando sentia que não seria capaz de fazê-lo, suplicava nossa ajuda da única maneira que conhecia: latindo! E nesse dia não seria diferente. Em pouco tempo o vimos com o focinho encostado no canto da estante e a bunda pra cima, em sua típica posição de herói farejador. Como percebemos que seria impossível ele retirar a bola dali, começamos a contar quanto tempo demoraria até ele pedir ajuda. Não deu outra! Começou com um pequeno grunhido, um chorinho, em seguida olhou para a gente e latiu. Era o sinal. Sua salvação dependia de nós. Minha mãe foi até lá e retirou sua bolinha.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Contudo, como já era de se esperar, pouco tempo depois, já estava ele de novo, focinho no chão e bunda pra cima. Só que dessa vez ele conseguiu a proeza de fazer a bola entrar em umas das cavidades externas da caixa de som. Meu aparelho de som é daqueles antigos, cujas caixas são bem maiores e separadas do conjunto. Ainda tem toca-discos nele. Uma raridade! Brinco com meu primo de 13 anos que ele tem a idade do meu aparelho. E claro que com as caixas no chão, era de se admirar que Marlon ainda não tivesse inserido a bola lá. Mas o dia chegou! Minha mãe ainda foi lá, procurou por trás da estante imaginando que estivesse por ali, mas nada. A direção do focinho dele só indicava um lugar, a bola estava dentro da caixa. E foi o que constatei quando cheguei lá. Conseguia até tocar nela, sentia correr de um lado a outro, mas era praticamente impossível retirá-la de lá. "Esqueça, Marlon! Essa bolinha você perdeu!".</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Marlon, no entanto, não iria abrir mão de seu objeto precioso assim de cara. Fincou raiz ao pé da caixa e ali ficou. Não adiantava chamá-lo ou tentar fazer esquecê-lo. Ele não queria papo! Conseguiria sua bolinha a qualquer custo. Não tardou muito e começaram os latidos, os choramingados, uma pata forçando inutilmente<span class="Apple-style-span" style="text-align: -webkit-auto;"> </span>o buraco, outra arranhando a tela. Minha avó encontrou a outra bolinha dele e antes de entregar, eu tentei subestimar a inteligência canina. Peguei a bola, coloquei no bolso, fui até a caixa, fingi que estava tentando retirar a outra, passei secretamente aquela entre minhas mãos e mostrei a Marlon como se fosse a que estava presa. Ele começou a pular de alegria, eu joguei então a bola no chão e ele correu até ela. Pronto! Problema resolvido! Foi o que pensei. Não deu dois segundos, Marlon cheirou a bola e olhou para mim, esperando que eu lhe entregasse a bola verdadeira. Como percebeu que eu não a tinha, voltou a seu lugar em frente a caixa e lá deitou.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Seu tormento continuou ainda ao longo da tarde. Todo mundo saía da sala e ele continuava lá. Se por acaso saísse para beber água ou lambiscar sua ração logo estava de volta. Quando alguém passava, ele olhava suplicante e latia. Mas não havia como retirar a bola dali. Joguei várias vezes a outra bolinha contra o chão, na tentativa de animá-lo a correr atrás, sem sucesso. Impaciente com a insistência de Marlon em obter aquela bendita bola, fiz minha última tentativa. Desconectei os fios do aparelho de som, retirei a caixa do local, enfiei os dedos na abertura do buraco e balancei a caixa até sentir a bola rolando em torno da saída. A manobra durou alguns segundos, até que em uma das voltas, a bolinha passou pela cavidade, encontrou meus dedos e mergulhou saindo. Meu sorriso não era de vitória, ao menos não minha. Marlon era quem verdadeiramente tinha conseguido retirar a bola através da sua eterna dedicação, afinal, na sua esperteza canina, o que entrou devia sair. Soltei a bola no chão, ele agarrou apressadamente e saiu desfilando com seu troféu na boca.</div>
Samuel Diashttp://www.blogger.com/profile/09565385863694310353noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-5754297382391073584.post-5379941588133651242011-11-20T16:50:00.001-02:002011-11-20T16:50:00.197-02:00Fragmentos<div class="MsoNormal"><b>ACAMPAMENTO. EXTERIOR. DIA.<u><o:p></o:p></u></b></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">ELISA SE AFASTA UM POUCO DAS BARRACAS E CAMINHA ENTRE ALGUMAS ÁRVORES. ELA APROVEITA A LUZ DO SOL PARA TIRAR ALGUMAS FOTOGRAFIAS. SÓCRATES SE APROXIMA E A OBSERVA.</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"><b>SÓCRATES </b>(SORRINDO) – O paraíso fotografando o paraíso.</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b>ELISA </b>(RI E O OLHA) – Que cantada ridícula! Olha, com essa eu posso até dizer que você ganhou o troféu das piores cantadas dos últimos seis meses.</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b>SÓCRATES</b> – Pelo menos eu ganhei alguma coisa. (SORRI) Ah, colabora, gatinha! Eu não sei improvisar.</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b>ELISA </b>– Jura? Achei que Sócrates Mello soubesse mais do que afogar os companheiros no rio.</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b>SÓCRATES </b>– Olha, eu sei que você ficou com uma má impressão a meu respeito, mas eu gostaria de mudar isso.</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b>ELISA </b>– Sei! Deixa ver se eu adivinho. Pra mudar você me propõe um beijo e meia hora de sarro atrás de alguma árvore. Ah, pega outra, Sócrates!</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b>SÓCRATES </b>– Não, gatinha! Não é nada disso. Eu tô a fim mesmo de você. Ainda não percebeu? Eu tô amarradão!</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal"><b>ELISA </b>– Diz isso pra todas as garotas?</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"><b>SÓCRATES </b>– Você é difícil, hein?</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"><b>ELISA </b>– Eu? Imagina! É que você realmente não faz o meu estilo.</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"><b>SÓCRATES </b>– E qual seria o seu estilo?</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"><b>ELISA </b>– Vai por mim. Não iria querer saber.</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal">SÓCRATES SORRI. ANA CHEGA E OLHA DESCONFIADA.</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"><b>ANA </b>– Sócrates! O que faz aí? Vão começar a trilha. Vem!</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b>ELISA </b>(SORRINDO) – Vai com ela. Garanto que ela tem bem mais chance de te dar o que você procura.</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"><b>SÓCRATES </b>– Eu ainda volto.</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"><b>ELISA </b>– Acha que estarei aqui?</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal">SÓCRATES SORRI E SE APROXIMA DE ANA. ELISA OBSERVA.</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"><b>ANA</b> (ENCIUMADA) – O que ela queria com você?</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"><b>SÓCRATES </b>–<b> </b>Nada! Ela só me pediu umas dicas de fotografia.</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b>ANA </b>– E desde quando você entende disso? Eu já te falei que eu não quero você de gracinha com aquela César Tralli de saias. (BATE DE LEVE NO OMBRO DELE)</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b>SÓCRATES </b>– Para! Não bate!</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal">ELISA SORRI E VOLTA A FOTOGRAFAR.</div>Samuel Diashttp://www.blogger.com/profile/09565385863694310353noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-5754297382391073584.post-12364314794920631862011-11-17T22:15:00.125-02:002011-11-17T22:15:00.398-02:00O verdadeiro celeiro<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjqRWanW7cKLZw0c1gLZ99tqIQAjblIlKgR_IQRzBFFaa2CW0ulp7lzDgF0vMBV6lbDa2ycm2P_QC_t4YrrlGzS6Utisv6zBo4Fw14S5tXO5eNwQNEGG9ZuGYxGC7OosuCyXNWnVBMKDr8/s1600/Arkle+from+Loch+Stack.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjqRWanW7cKLZw0c1gLZ99tqIQAjblIlKgR_IQRzBFFaa2CW0ulp7lzDgF0vMBV6lbDa2ycm2P_QC_t4YrrlGzS6Utisv6zBo4Fw14S5tXO5eNwQNEGG9ZuGYxGC7OosuCyXNWnVBMKDr8/s320/Arkle+from+Loch+Stack.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Loch Stack, Arkle - Escócia</td></tr>
</tbody></table><div style="text-align: justify;">Alguém já se perguntou onde fica a casa que serve de imagem ao Celeiro? Ou mesmo se ela existe, não é a simples projeção de uma natureza exuberante? De fato ela existe sim e eu até descobri onde está localizada. Confesso que quando a encontrei pela primeira vez e decidi usá-la como cenário no blog, não me fiz tantas perguntas sobre sua origem. A paisagem era simplesmente o que importava e que conseguia refletir a atmosfera entre mim e o espaço que havia criado. Posso dizer que havia encontrado o celeiro. E mesmo que não fosse a fachada típica de um abrigo para cereais e outras provisões, aquela casa isolada, fechada e aparentemente inabitada simbolizava um ideal de bem-estar. Representava meu porto seguro, minha fortaleza.</div><br />
<div style="text-align: justify;">Mas tudo é uma questão de ângulo. Nesse post há uma foto em que a casinha abandonada não parece tão deslumbrante assim. Na margem de um lago e com sua vegetação um pouco escassa, não lembra muito a figura que leva o título do blog. Mas aí sim ela parece mais real, sem grandes encantamentos, viva de fato. A casinha deve ter um dono, mas não consegui obter muita informação além do seu exato endereço. No noroeste da Escócia, em uma das mais belas montanhas do condado de Sutherland (assim descreveram e parece ser) chamada Arkle, à beira do lago Loch Stack, ela se destaca entre a paisagem quase intocável pela interferência humana na região. Se alguém chegou realmente a morar ali não tenho como saber, é possível que sim, e os motivos que os levaram a abandonar esse pedaço de paraíso podem ser muitos. Mas ele não deixa de ser, no mínimo, um convite à reflexão.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Desde que criei o blog, o layout da página passou por algumas modificações, mas nunca coloquei a imagem de um celeiro de verdade. Sempre foi o mar, as montanhas, as nuvens, alguns balões, praias, estradas... porque a figura utilizada não tinha o compromisso de ser fiel ao nome do blog, afinal, o celeiro em si era o espaço reservado às minhas divagações, e portanto, não precisava colocar um abrigo cheio de feno para ilustrar isso. Daí encontrei a casa solitária da Escócia, e de repente me senti ligado. Achei que ela podia representar bem o papel do Celeiro do Sam sem se remeter à figura tradicional. Sim, ela podia! Sua parede de pedra, seu singelo telhado, suas duas chaminés, a natureza em volta, a água que tanto respiro, ali poderia sim ser meu cantinho, poderia sintetizar um pouco da minha utópica filosofia de vida. Eu viveria tranquilamente ali, por quê não? Ao menos virtualmente. E que bom que o lugar quase desenhado para acompanhar a paisagem realmente existe. Traz uma sensação de cumplicidade, como se aquela pequenina e escondida habitação me pertencesse um pouco. Assim me sinto, como dono e amigo dela. Talvez um dia possamos nos encontrar de fato, e em meio às descobertas do encantamento, os registros de uma parceria.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">P.S.: No final da página tem outra foto de um ângulo mais privilegiado. Uma verdadeira pintura!</div>Samuel Diashttp://www.blogger.com/profile/09565385863694310353noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-5754297382391073584.post-22685284786302912482011-11-15T19:07:00.000-02:002011-11-15T19:07:00.085-02:00Fragmentos<div class="MsoNormal" style="text-align: left;"><b>CASA DE MOISÉS. INTERIOR. DIA. </b></div><div class="MsoNormal" style="text-align: left;">MOISÉS SENTADO NO SOFÁ DO ESCRITÓRIO ESCUTA IMPACIENTE O DISCURSO DE LINCOLN EM VOLTA DELE.</div><div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b>LINCOLN </b>– Então você me enganou todo esse tempo? Como você teve coragem, Moisés?<br />
<b>MOISÉS </b>– O senhor me presenteou as cavernas.<br />
<b>LINCOLN </b>– Sim, mas eu não sabia da existência de pedras de diamante lá dentro. E você tinha a obrigação de me contar isso!<br />
<b>MOISÉS </b>– Pra quê? Pra ficar com os diamantes pro senhor? Além do mais a porção das nossas terras é limitada e está quase se esgotando. A maior reserva está na propriedade dos Torres.<br />
<b>LINCOLN </b>– Por isso a amizade com o Matheus. Eu sabia! Você não constrói amizades sem um interesse por trás. É bom tomar cuidado, Moisés! Desse jeito você vai acabar sozinho. Sem amigos, sem ninguém.<br />
<b>MOISÉS</b> (<i>levanta-se</i>) – Olha quem fala! Quando foi que o senhor teve a casa cheia de amigos sem nenhum interesse financeiro, hein? Eu cresci ouvindo os seus discursos hedonistas, o seu ceticismo vulgar e a sua má-fé na bondade alheia.<br />
<b>LINCOLN </b>– Ora, Moisés, não venha jogar a sua falta de sorte nos negócios em cima de mim. Você sim, é o único responsável por tudo que está lhe acontecendo. Se tivesse feito um trabalho mais bem elaborado, seu amigo Matheus não teria descoberto nunca o seu esquema. A culpa é toda sua!<br />
<b>MOISÉS </b>(<i>irônico</i>) – É, acho que deve ser minha mesmo. O senhor não me ensinou o suficiente, né?<br />
<b>LINCOLN </b>– Por que continua a procurar um culpado quando na verdade basta se olhar no espelho?<br />
<b>MOISÉS </b>– Tem razão! Não posso ficar aqui lamentando o ocorrido. (<i>vai saindo</i>)<br />
<b>LINCOLN </b>– Aonde vai?<br />
<b>MOISÉS </b>– Vou lutar pelo meu ouro antes que aqueles esganados caiam em cima.<br />
<b>LINCOLN </b>– Que seu ouro! Aquele diamante não lhe pertence!<br />
<br />
MOISÉS SAI.</div>Samuel Diashttp://www.blogger.com/profile/09565385863694310353noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5754297382391073584.post-28112600766751764512011-11-13T15:10:00.000-02:002011-11-13T15:10:00.909-02:00Fragmentos<div class="MsoNormal"><b>COLÉGIO. INTERIOR. DIA. </b><b>SALA DOS PROFESSORES.</b></div><div class="MsoNormal">APENAS ANDERSON E CÍNTIA SE ENCONTRAM DISCUTINDO ENQUANTO GORETE TERMINA DE RETIRAR AS XÍCARAS DA MESA.</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"><b>ANDERSON </b>– Por que você não me contou?</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"><b>CÍNTIA </b>– Contar o quê? Eu fui pega de surpresa tanto quanto você. </div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal">GORETE OBSERVA DE RABO-DE-OLHO.</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"><b>ANDERSON </b>– Ele disse que estavam juntos. Que decidiram isso em comum acordo.</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"><b>CÍNTIA </b>(SE EXALTA) – Não! Não é verdade! Ele tomou essa decisão sozinho!</div><div class="MsoNormal"> </div><div class="MsoNormal">GORETE DERRUBA UMA XÍCARA SEM QUERER E ANDERSON A OLHA. ELA FICA INIBIDA, PEGA AS BANDEJAS E SAI DA SALA. ELE SE VOLTA PARA CÍNTIA.</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"><b>ANDERSON </b>– Você quer me dizer que nunca conversaram sobre isso?</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"><b>CÍNTIA </b>– Não!... Quer dizer, outro dia ele me falou a respeito disso, mas era apenas uma hipótese. Havia um “se”, e eu não concordei em nada com ele.</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"><b>ANDERSON </b>– Pra cima de mim, Cíntia? Eu já te vi várias vezes conversando sabe lá o quê com o Julio pelos cantos do colégio.</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"><b>CÍNTIA </b>– Ele que sempre me procura pra conversar asneiras.</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"><b>ANDERSON </b>– Uma dessas asneiras acabou a levando para o cargo de vice-diretora do colégio.</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"><b>CÍNTIA </b>– Olha, quer saber? Eu nem sei se vou assumir esse cargo.</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"><b>ANDERSON </b>– Por que não? Só falta agora dizer que não está feliz. Você sempre almejou esse posto, Cíntia. Por favor, não humilhe a minha inteligência!</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"><b>CÍNTIA </b>– É, eu sempre quis chegar aí sim, mas não dessa forma.</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"><b>ANDERSON </b>– Que forma? Não foram os seus méritos que a levaram a isso? Ou será que tem algo mais que eu não tô sabendo?</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"><b>CÍNTIA </b>– Não tem nada, Anderson! Nada! Eu te amo e prefiro você a assumir qualquer cargo com desconfianças e mentiras. Por favor, (PÕE AS MÃOS NO ROSTO DELE) não duvida da minha lealdade! Não percebe que é isso que o Julio quer? Que briguemos!</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"><b>ANDERSON </b>– Eu preciso pensar, Cíntia!</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal">ELE SAI DA SALA.</div>Samuel Diashttp://www.blogger.com/profile/09565385863694310353noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5754297382391073584.post-16532661751058007272011-11-11T11:11:00.001-02:002014-01-27T15:25:38.868-02:00Por que não suporto canto de galo<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhKZy-xYW9eA_mnz3gMIaA7pAqlyuNB4G57728DMSnPoAQOZEEUUzebXspnLFV-dxv1mNiZFLhjBD3cmYpu_12DfWgIZ8mhg3lZxUGvZbKoPpnBq9wO34_t2mQvK1X6BwWT-rPZZcU256Y/s1600/rooster.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhKZy-xYW9eA_mnz3gMIaA7pAqlyuNB4G57728DMSnPoAQOZEEUUzebXspnLFV-dxv1mNiZFLhjBD3cmYpu_12DfWgIZ8mhg3lZxUGvZbKoPpnBq9wO34_t2mQvK1X6BwWT-rPZZcU256Y/s320/rooster.jpg" height="320" width="273" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
Diferente do latido do cachorro, que incomoda simplesmente pelo barulho, o canto do galo traz uma melancolia, um descontentamento, um presságio fúnebre. Talvez porque o galo já vá dormir anunciando o despertar. E a sua pressa me incomoda. Quem mora perto de algum entende o que eu falo. Parece que ele passa a madrugada inteira avisando que o dia vai amanhecer, só que ainda não amanheceu, então por que ele não cala o bico e vai dormir? Quem sofre de insônia ver o dia se aproximar a cada canto. É um pesadelo!</div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Me lembro quando ainda criança, de acordar pelas três ou quatro horas da madrugada pra viajar para a cidade vizinha. O ônibus saía muito cedo porque seu destino final era a cidade de Mossoró, 4h de distância, então era preciso chegar o quanto antes na parada. Essas viagens para a casa da minha tia eram sempre uma festa, mesmo que o motivo fosse uma consulta médica ou um exame, afinal, o encontro com as primas era farra garantida. Porém, levantar cedo e se preparar para a viagem ainda era uma tortura. Entre luzes acesas, sonolência e lençóis sendo puxados, aquela cantoria infernal rompendo a madrugada: o galo!</div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Além da sensação de estresse por acordar àquela hora, obrigando a pupila a se contrair a cada piscada em contato com a luz do quarto, ainda era forçado a escutar aquela ave avisando que o dia não tardava a chegar, embora não tivesse chegado ainda. Na parada esquecida por todos, menos pelos galos, minha mãe, minha avó e eu aguardávamos de braços cruzados o ônibus passar. Esses minutos eram os mais tediosos. Podia sentir no ar o desconforto daquela espera. O frio, o sono, os olhos puxados, a impaciência, tudo pedia para que aquele momento passasse logo. E como demorava!</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Alguns anos mais tarde, voltei a madrugar toda semana quando passei a morar na casa dos meus tios para estudar. Novamente o mesmo estresse pra levantar, a sensação de vazio, o desejo de ficar, a obrigação de ir... e o velho galo nos ouvidos. O frio, o silêncio e o aperto na estrada invadiam minha mente. A esperança de um dia não ser mais necessário repetir aquela viagem se somava aos conselhos do meu avô de que tudo na vida tem seu propósito. Isso tudo enquanto tentava mover algum membro do meu corpo de lugar, antes que ficasse dormente.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Inevitavelmente, tive que repetir muitas vezes aquela viagem, não só enquanto morei na casa dos meus tios, como depois ao fazer faculdade. Devido a contramão entre a minha cidade e Campina Grande onde estudava, o único horário disponível para pegar todas as conduções até lá era saindo de madrugada. Não havia alternativa. Com o celular pra despertar, encostava a cabeça no travesseiro e logo estava de pé, só não dava pra ter certeza se o que me acordava era mesmo o alarme ou o canto do bendito galo.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Hoje estou de certo modo livre dessa jornada, mas não totalmente livre do chefe do galinheiro. Toda noite antes mesmo que a madrugada tenha início, lá o escuto entoando seu canto de superioridade, ainda bem que os cachorros urinam ao invés de uivar pra demarcar território. Há quem aprecie uma boa sinfonia de galo, quem relembre seus tempos no mato, no sítio ou na fazenda, mas no meu caso essa cantoria sempre foi constante, e acreditem, por mais lembranças boas que possam trazer, todo dia não há quem aguente.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Posso estar sendo rigoroso demais com nosso amigo tenor, contudo, não posso desassociar seu canto dos momentos de insatisfação que vivi. Ele estava lá, e inconscientemente, toda a melancolia daqueles dias retorna ao seu sinal. A noite perde um pouco sua extensão, já que aquele que só deveria entrar em cena ao nascer do sol, fica a madrugada inteira ensaiando. E olha que nem estou considerando a crendice de que canto de galo fora de hora é indício de má sorte. Até porque se assim o fosse, ele já estaria extinto.</div>
Samuel Diashttp://www.blogger.com/profile/09565385863694310353noreply@blogger.com21tag:blogger.com,1999:blog-5754297382391073584.post-3469632411179028052011-11-09T21:21:00.006-02:002014-01-27T15:25:26.251-02:00Mantenha a distância um pouco próximo!<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgd9nlSLes-Nkiyv6jlrONekmd-uwJ0JeabDZcck9jqdo7OoNHUkt5WF5aWyGVR2b_jSj8Hte0zwMmB2DAwYdeKoXC_IZ2RZZO0ErxA7kxC48SU85-mcLnJboe3VTWW7fXU0ICtj7odujo/s1600/distancia.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgd9nlSLes-Nkiyv6jlrONekmd-uwJ0JeabDZcck9jqdo7OoNHUkt5WF5aWyGVR2b_jSj8Hte0zwMmB2DAwYdeKoXC_IZ2RZZO0ErxA7kxC48SU85-mcLnJboe3VTWW7fXU0ICtj7odujo/s1600/distancia.jpg" /></a></div>
<div style="margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
Deixando de lado a minha hipocondria, talvez eu tenha descoberto o mal de todos os meus fracassos. Nem é preciso ir muito longe no meu histórico comportamental para encontrar traços de uma <span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: white; background-image: initial; background-origin: initial;">desregulação emocional, raciocínio extremista e relações caóticas. Não seria lá grande coisa, se eu não tivesse descoberto que essas particularidades fazem parte de um diagnóstico maior, que talvez tenha me acompanhado desde muito sem que eu pudesse identificar. Me refiro ao Transtorno de Personalidade Borderline ou Limítrofe, também conhecido pelas siglas TPB ou TPL. Ih, lá vem Samuel de novo com outra doença pro repertório! Não, não dessa vez! Ou sim! O fato de eu dizer que tenho determinado transtorno é porque eu sinto que tenho, e não porque acho interessante e quero ter. Acompanhe o raciocínio! Se eu quase nunca ou só a muito custo consigo terminar o que comecei, afasto aqueles de quem mais preciso enquanto cobro paradoxalmente sua atenção, tenho tendência a paranoia, julgo as pessoas sempre pela última interação, e todas essas características estão presentes nos sintomas do TPB, o que devo pensar?</span><br />
<div style="margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<o:p></o:p></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: white; background-image: initial; background-origin: initial;">Em mais uma navegada dessas que leva a outra pela net, acabei caindo na imensa página do TPB da Wikipédia. Fui lendo por curiosidade e aos poucos me encontrei por lá. Descobri que uma das principais características do borderline é a intolerância à rejeição. Os borderlines são extremamente carentes de atenção, e quando falo carente não significa que ninguém lhe dê atenção, é que nunca é o suficiente. E como consequência, sentem-se ignorados quando perdem os holofotes. Escondem também profundos traços de </span>masoquismo<span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: white; background-image: initial; background-origin: initial;"> e </span>sadismo<span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: white; background-image: initial; background-origin: initial;">. São muito imaturos emocionalmente, impacientes, buscam sempre recompensas imediatas, daí a falta de persistência em continuar os projetos, não toleram frustrações e tendem a colocar a culpa sempre em outros por suas próprias falhas.</span><o:p></o:p></div>
<div style="margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: white; background-image: initial; background-origin: initial;">Com um borderline não há meio-termo, ou ele gosta de alguém ou alguma coisa ou não. O que não quer dizer que o "não" de hoje não será o "sim" de amanhã, suas opiniões são facilmente inconstantes e contraditórias, assim como seu comportamento oscilante entre adulto e infantil. E aqui mais uma grande característica minha: irritam-se facilmente por coisas banais, e apesar de conseguir demonstrar certa "normalidade" em várias situações triviais, exibem escandalosamente a incapacidade em controlar sua raiva. Quem já presenciou meus excessos, sabe do que digo. Outras particularidades do borderline são os problemas com a </span>identidade<span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: white; background-image: initial; background-origin: initial;">, sensações de irrealidade e </span>despersonalização (sensação de não ser real, de inexistir), o que gera uma forte t<span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: white; background-image: initial; background-origin: initial;">endência suicida aliada a sentimentos crônicos de vazio e </span>tédio. Como válvula de escape é comum a automutilação, a troca de uma dor emocional por uma física. Isso explica a sensação de deleite em arrancar a pele da sola do meu pé, e mais recentemente, dos lábios.<o:p></o:p></div>
<div style="margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: white; background-image: initial; background-origin: initial;">O indivíduo borderline é geralmente visto ainda como genioso, temperamental ou "de lua", como já afirmava meu amigo Júlio, mas também superficialmente adorável e simpático. No entanto, pelas pessoas de sua grande intimidade, principalmente a família, com quem entra sempre em conflito, são vistos como agressivos e mal-humorados. Essa na verdade é a maneira que encontram para demonstrar seus medos e se protegerem, e nisso são árduos manipuladores, embora não admitam (foi difícil incluir esse traço aqui) e considerados até "pacientes impossíveis" por alguns terapeutas, conhecendo o ponto fraco das pessoas e abusando das chantagens. </span><o:p></o:p></div>
<div style="margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: white; background-image: initial; background-origin: initial;">Só até aqui já poderia me encaixar com perfeição no transtorno, mas esta última informação é o meu atestado final. O borderline não sabe estabelecer limites saudáveis entre suas relações com as pessoas, de modo que se alguém se aproxima demais, ele começa a se sentir subjugado, com medo de estar perdendo o controle ou de que o outro fique enojado ao conhecê-lo de verdade e o abandone. Ele começa então a se distanciar, mas quando faz isso, sente-se solitário e se aproxima novamente, reiniciando o ciclo. Essa ininterrupta contradição é uma constante na vida do borderline e pode ser uma boa definição dos extremos do TPB, além de conseguir me descrever em uma lógica que antes só existia na minha cabeça. Portanto, se alguém ainda duvida que faço parte desse notável grupo, tenta contra-argumentar, eu não tenho mais objeção. Só um conselho! Pra tentar buscar um certo equilíbrio, mantenha sempre a distância sem deixar de ficar próximo.</span><o:p></o:p></div>
</div>
Samuel Diashttp://www.blogger.com/profile/09565385863694310353noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-5754297382391073584.post-89651770766447067012011-11-08T18:21:00.001-02:002011-11-08T18:45:55.626-02:00Fragmentos<div class="MsoNormal" style="text-align: left;"><b>CASA DE RYAN. INTERIOR. DIA. </b></div><div class="MsoNormal" style="text-align: left;">ELISA CAMINHA PELO CORREDOR.<b><o:p></o:p></b></div><div class="MsoNormal" style="tab-stops: 359.25pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="tab-stops: 359.25pt; text-align: justify;"><b>ELISA </b>– Ryan! Ryan, eu tô entrando! Olha, é meio constrangedor vim aqui depois do que aconteceu, mas eu não sou mulher de fugir. Como você nunca vai à minha casa, eu achei que queria algo importante. Então eu... ô Ryan! <o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="tab-stops: 359.25pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="tab-stops: 359.25pt; text-align: justify;">ELA ENTRA NO QUARTO DELE E NÃO O VÊ. ESCUTA BARULHO DE CHUVEIRO VINDO DO BANHEIRO DO QUARTO.<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="tab-stops: 359.25pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="tab-stops: 359.25pt; text-align: justify;"><b>ELISA </b><i>(sorri)</i> – Ah!! Tomando banho? Eu sempre duvidei da justiça, mas num é que às vezes ela acontece. <o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="tab-stops: 359.25pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="tab-stops: 359.25pt; text-align: justify;">ELA CAMINHA ATÉ O BANHEIRO, ABRE A PORTA E VÊ UMA SOMBRA ATRÁS DA CORTINA.<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="tab-stops: 359.25pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="tab-stops: 359.25pt; text-align: justify;"><b>ELISA </b>– É, é isso aí. <i>(sorri)</i><o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="tab-stops: 359.25pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="tab-stops: 359.25pt; text-align: justify;">ELA PUXA A CORTINA E ENCONTRA OUTRO RAPAZ TOMANDO BANHO. OS DOIS GRITAM.<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="tab-stops: 359.25pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="tab-stops: 359.25pt; text-align: justify;"><b>ELISA </b>– Ahh!!<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="tab-stops: 359.25pt; text-align: justify;"><b>CHARLES </b>– Ahh!!<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="tab-stops: 359.25pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="tab-stops: 359.25pt; text-align: justify;">ELISA SAI CORRENDO E ENCONTRA RYAN ENTRANDO NO QUARTO.<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="tab-stops: 359.25pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="tab-stops: 359.25pt; text-align: justify;"><b>RYAN </b><i>(surpreso) </i>– Elisa! O que você tá fazendo aqui?<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="tab-stops: 359.25pt; text-align: justify;"><b>ELISA </b>– O que ‘você’ tá fazendo aqui fora? Quem é ele?<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="tab-stops: 359.25pt; text-align: justify;"><b>RYAN </b>– Ele quem?<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="tab-stops: 359.25pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="tab-stops: 359.25pt; text-align: justify;">CHARLES SAI DO BANHEIRO ENROLADO NA TOALHA.<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="tab-stops: 359.25pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="tab-stops: 359.25pt; text-align: justify;"><b>RYAN </b>– Charles!?<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="tab-stops: 359.25pt; text-align: justify;"><b>CHARLES </b>– Ryan, quando disse que eu podia usar o seu banheiro eu pensei que teria privacidade.<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="tab-stops: 359.25pt; text-align: justify;"><b>RYAN </b><i>(confuso) </i>– Bom... e você tem.<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="tab-stops: 359.25pt; text-align: justify;"><b>CHARLES </b>– Tinha! Até a sua namoradinha invadir o box. <o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="tab-stops: 359.25pt; text-align: justify;"><b>ELISA </b><i>(envergonhada) </i>– Oh!<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="tab-stops: 359.25pt; text-align: justify;"><b>RYAN</b><i> </i>– Elisa!?<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="tab-stops: 359.25pt; text-align: justify;"><b>CHARLES </b>– Bom, na verdade eu acho que ela estava procurando você. Sabe, eu também curto esses relacionamentos modernos, mas será que ela não podia esperar você tomar banho pra te agarrar?<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="tab-stops: 359.25pt; text-align: justify;"><b>ELISA </b>– Oh, oh, oh, espera aí.<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="tab-stops: 359.25pt; text-align: justify;"><b>RYAN </b>– Ela não é minha namorada.<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="tab-stops: 359.25pt; text-align: justify;"><b>CHARLES </b>– Não? <i>(ri)</i> Então ela tem uma quedinha muito forte por homem nu.<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="tab-stops: 359.25pt; text-align: justify;"><b>ELISA </b>– Ei, vamos com calma. Olha só, eu não sei quem você é e você não sabe quem eu sou. Portanto, vamos limitar as nossas conversas e deixar de intimidade.<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="tab-stops: 359.25pt; text-align: justify;"><b>CHARLES </b><i>(risonho)</i> – Concordo!<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="tab-stops: 359.25pt; text-align: justify;"><b>ELISA </b><i>(tensa) </i>– Ótimo!<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="tab-stops: 359.25pt; text-align: justify;"><b>RYAN </b>– Elisa, o que veio fazer aqui?<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="tab-stops: 359.25pt; text-align: justify;"><b>ELISA </b>– Bom, apesar de você ter ido lá em casa e invadido a minha privacidade sem o meu consentimento, eu pensei que você queria algo importante.<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="tab-stops: 359.25pt; text-align: justify;"><b>RYAN </b>– Bom, sim, é que eu queria usar o seu computador, o meu foi pro conserto.<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="tab-stops: 359.25pt; text-align: justify;"><b>ELISA</b> – Era só isso? Então já vi que perdi meu tempo e o seu também. Meu computador tá com vírus.<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="tab-stops: 359.25pt; text-align: justify;"><b>RYAN </b>– O quê!<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="tab-stops: 359.25pt; text-align: justify;"><b>ELISA </b>– Eu já falei com o Afonso, mas acho que ele não tá querendo descolar a verba. Lamento!<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="tab-stops: 359.25pt; text-align: justify;"><b>RYAN </b>– É, já vi que vou ter que limpar a despensa de novo.<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="tab-stops: 359.25pt; text-align: justify;"><b>CHARLES </b>– Eu posso dá uma olhada no seu computador.<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="tab-stops: 359.25pt; text-align: justify;"><b>ELISA </b><i>(irônica) </i>– Foi comigo?<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="tab-stops: 359.25pt; text-align: justify;"><b>CHARLES </b>– Eu passei seis anos em São Paulo dedicado à informática. Os pcs são minha vida! Acho que consigo remover um simples viruzinho. <i>(sorri debochado)</i><o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="tab-stops: 359.25pt; text-align: justify;"><b>ELISA </b><i>(irônica)</i> – Uau!<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="tab-stops: 359.25pt; text-align: justify;"><b>RYAN </b>– Por que nunca me contou isso, Charles? Você podia ter consertado meu laptop.<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="tab-stops: 359.25pt; text-align: justify;"><b>CHARLES</b><i> </i>– Você nunca me perguntou, Ryan.<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="tab-stops: 359.25pt; text-align: justify;"><b>ELISA </b>– É, tô impressionada.<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="tab-stops: 359.25pt; text-align: justify;"><b>CHARLES</b><i><b> </b>(risonho)</i> – Eu sei, é que eu tenho outras qualidades além da beleza.<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="tab-stops: 359.25pt; text-align: justify;"><b>ELISA </b><i>(risonha) </i>– E da modéstia, claro!<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="tab-stops: 359.25pt; text-align: justify;"><b>CHARLES </b>– Olha, eu sei que começamos com o pé esquerdo, mas eu acho que ainda poderíamos nos dar superbem. Você não acha?<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="tab-stops: 359.25pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="tab-stops: 359.25pt; text-align: justify;">ELISA OLHA PARA RYAN E PARA CHARLES.<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="tab-stops: 359.25pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="tab-stops: 359.25pt; text-align: justify;"><b>CHARLES</b><i><b> </b>(estende a mão) </i>– Charles Moutinho. Primo do Ryan.<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="tab-stops: 359.25pt; text-align: justify;"><b>ELISA </b><i>(aperta a mão de Charles) </i>– Elisa Medeiros!</div>Samuel Diashttp://www.blogger.com/profile/09565385863694310353noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5754297382391073584.post-32815406025102090122011-11-05T21:07:00.014-02:002011-11-05T21:07:00.078-02:00Estilo alheio<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgf5j-2L92qzzS7hzIIwrcyxndJKJ4gJ0KDBrX1ynaPJu9Nok2wCEYTCyqdpDiBWDn8US5Mgq_yTz5wAOeJRnVAqMhwbfgq0SZ3aJGoEZIK6w8ZzGcyWvNTYtJPTkKeVZY91LlBijhs8cs/s1600/Homem+x+espelho%255B1%255D.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="249" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgf5j-2L92qzzS7hzIIwrcyxndJKJ4gJ0KDBrX1ynaPJu9Nok2wCEYTCyqdpDiBWDn8US5Mgq_yTz5wAOeJRnVAqMhwbfgq0SZ3aJGoEZIK6w8ZzGcyWvNTYtJPTkKeVZY91LlBijhs8cs/s320/Homem+x+espelho%255B1%255D.jpg" width="320" /></a></div><div style="text-align: justify;">As pessoas que não ambicionam nada e não arriscam nada, não servem para nada. O que se construiu em séculos se destrói num dia. Diga o que diga Aristóteles e toda sua filosofia, não há nada que se compare ao rapé. Nenhuma das frases anteriores são minhas. A primeira é da ópera As Bodas De Fígaro de Mozart, a segunda é de Gota D'água de Paulo Pontes e a última é de Don Juan de Molière. Mas já fiz uso delas corriqueiramente. É um hábito, nada saudável, que carrego desde muito. Apropriar-se de certas frases e palavras com as quais me deparo em personagens de livros, filmes, novelas e as tornar minhas. Creio que aconteça muito a prática de copiar certos bordões das telenovelas e levar para a rua. No meu caso geralmente faço uso dessas expressões quando me identifico com o personagem. Teve uma época em que era comum eu emendar uma frase na outra e ficar respondendo ideias preconcebidas. Quando assistia diariamente seriados americanos como Smallville, era automático, acabava a série e as frases já se formavam na minha cabeça. Na primeira oportunidade, despejava 'meu' conteúdo programado.</div><br />
<div style="text-align: justify;">Esse costume não era um capricho sem fundamento. Estava baseado num cunho psicológico maior. Repetir frases que via na tevê era uma tentativa de me igualar àquelas figuras que me serviam de espelho. Na verdade gostaria de ser eles, de possuir sua linguagem, suas roupas, seus hábitos. E sempre foi assim. Buscava ser o outro e nunca eu. Os outros eram bem mais interessantes, tinham um corte de cabelo mais moderno, se expressavam com mais firmeza, dançavam mais atraentes. Se pudesse escolher, seria todos os personagens que já me identifiquei de James Dean a Orlando Bloom, mudando a aparência ao meu menor critério de beleza e harmonia do momento. Ser o mesmo sem graça sempre era um tédio! E reproduzir as frases que escutava, me transportava um pouco àquele mundo ideal. Nunca foi uma atitude aconselhável. Indicação de insegurança e falta de personalidade própria, mas ainda assim aumentava a autoestima.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Antes essa instabilidade se restringisse apenas ao comportamento. O meu desequilíbrio era completo, ao ponto de influenciar decisões importantes. Não quero dizer que fiz jornalismo por algum ideal midiatizado, passa longe daí. Mas não posso deixar de admitir que a opinião que tenho da carreira fica mais simpática quando vejo Clark e Lois na redação do Planeta Diário. Lamentavelmente sou influenciável. Mas quem não o é hoje, com tanta exposição de padrões de beleza, comportamento e felicidade na mídia? Algumas vezes me vejo fuçando as características de determinadas carreiras, querendo quem sabe cursar uma outra universidade, dar novos rumos à vida, tudo, claro, com uma certa influência ao que estou exposto. Já me peguei analisando os cursos de biologia marinha, astronomia, psicologia e turismo. Em outras ocasiões pesquisei sobre controlador de tráfego aéreo, marinheiro mercante e piloto de avião, os dois últimos somados a minha labirintite seriam uma piada. Até o profissional paramédico andei fuçando, influenciado pelo personagem da série Ghost Whisperer, quando tenho vertigem só de imaginar sangue.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">E a grande verdade é que não preciso investigar profissão alguma, nem repetir testes vocacionais, porque já sei qual será o resultado. Eu sei no que devo investir porque nossa alma nos mostra aquilo a que temos aptidão, mas é preciso acreditar nisso e não se deixar tomar pelas ideias midiatizadas de perfeição e sucesso. No meu caso ainda oscilo entre quem quero ser e quem sou, se ambos são o mesmo, se misturam, ou se há separação. Talvez o primeiro passo seja enxergar a própria individualidade e se permitir ser, para depois ter capacidade de agir com propriedade. Repetir frases feitas não é o ideal, mas se auxilia na busca do autoconhecimento é válido. Ao menos é uma dica que ganhei de uma professora sobre redação: "comece copiando o estilo dos outros e logo estará produzindo o seu". Então é o que faço, inconsciente ou não. O problema é que até agora não consegui afirmar minha identidade e continuo seguindo o estilo alheio.</div>Samuel Diashttp://www.blogger.com/profile/09565385863694310353noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-5754297382391073584.post-6759222705218361012011-11-03T21:41:00.001-02:002011-11-05T12:40:22.389-02:00E já passou!...<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgqjgIzS8PkSXnYnWcynbUY1YJwKuLd86CCe6eOGyua12H1uIRTc7GTxOC-KciJpCt-wKQpHdkPd70eDW1EfY9Ty349bqG7opILVb0GpMve4eTngj2cuHWuSYJY-bguHeI_Kr4tFWtna-I/s1600/eu+nos+trilhoss.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgqjgIzS8PkSXnYnWcynbUY1YJwKuLd86CCe6eOGyua12H1uIRTc7GTxOC-KciJpCt-wKQpHdkPd70eDW1EfY9Ty349bqG7opILVb0GpMve4eTngj2cuHWuSYJY-bguHeI_Kr4tFWtna-I/s320/eu+nos+trilhoss.jpg" width="263" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Foto: Flávio Alves</td></tr>
</tbody></table>De repente me vem aqueles flashes, um dia nublado, uma rua tranquila, os trilhos de uma ferrovia, um tênis surrado, chuva, frio, cobertor, o arco entre as nuvens, um banho de piscina, uma caminhada na areia, alguém numa oficina, praia vazia, gravações daquele filme, trilhas pelo mato, banho de mangueira, casa entre as árvores, camisa xadrez, lama no futebol, passeio de canoa, manobra no skate, buraco na areia, rapel, escalada, corredeiras, o banquinho de uma praça, pega-pega na calçada, guarda-chuva e pés molhados, rede na varanda, fotos com os amigos, passeios no Jeep, corte de cabelo, pipoca e fita cassete, exercícios no parque,<span class="Apple-style-span" style="text-align: -webkit-auto;"> </span>mergulho com golfinho, bermuda e pés descalços, barro vermelho, novas amizades, jeans rasgados, tarde na fazenda, cozinha no domingo, bica no telhado, banho gelado, meia pra dormir, roupa molhada, barba por fazer, boina, óculos, suspensório, alongamento... Tudo isso por um instante me lembrou felicidade.</div><div style="text-align: justify;"><span id="goog_1433746100"></span></div>Samuel Diashttp://www.blogger.com/profile/09565385863694310353noreply@blogger.com3